Mercado piora projeção de déficit primário do governo central neste ano, mostra Prisma Fiscal
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas pioraram muito as expectativas para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2018, segundo o relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Ministério da Fazenda, e agora o resultado esperado está muito próximo da meta oficial para o ano.
Pela mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a projeção para o rombo primário subiu a R$ 151,192 bilhões, contra R$ 138,543 bilhões anteriormente. A meta estabelecida pelo governo é de saldo negativo em R$ 159 bilhões.
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A piora do cenário ocorreu após a greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias no final de maio e praticamente paralisou o país, e gerou enorme custo fiscal ao governo, de R$ 13,5 bilhões para bancar subsídios e renúncias fiscais que garantiram redução no preço do diesel até o fim deste ano.
Mesmo assim, o governo continuou reiterando a viabilidade da meta, citando bons resultados da arrecadação, por exemplo. No entanto, a greve terá forte impacto na economia, com os agentes econômicos reduzindo suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este, já abaixo de 2%.
O Prisma mostrou ainda que, para 2019, a projeção agora é de um déficit primário de R$ 117,875 bilhões, pior que a conta de R$ 105,930 bilhões no levantamento anterior e também dentro da meta de R$ 139 bilhões.
Quanto à dívida bruta, os cálculos dos economistas ficaram piores para 2018, em 75,8% do PIB, contra 75% no mês passado. Para 2019, o cálculo foi a 77,80% do PIB, sobre 76,80% anteriormente.
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