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Petrobras elevará gasolina nas refinarias a maior nível da era de reajustes diários

29/08/2018 14h12

SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras será elevado ao maior patamar da era de reajustes diários na quinta-feira (30), a R$ 2,1079 por litro, alta de 1,2% ante o registrado atualmente, informou a petroleira em seu site.

Esse é o preço cobrado nas refinarias. Isso não significa necessariamente que as mudanças chegarão ao consumidor final na bomba. Os postos são livres para aplicar ou não o reajuste, e na porcentagem que desejarem.

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Com isso, a valorização do produto em agosto chegará a 7,1%. Desde o início da sistemática de oscilações diárias, há pouco mais de um ano, o ganho é superior a 50%, de acordo com cálculos da Reuters com base em números da Petrobras.

A disparada no valor da gasolina ocorre em meio à firmeza das referências internacionais do petróleo e à apreciação do dólar ante o real, fatores estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis.

A alta também se dá diante da parada de produção na Replan, principal refinaria da Petrobras, em Paulínia (SP), que sofreu uma explosão em 20 de agosto e ainda não retomou as atividades.

Procurada para comentar o assunto, a estatal não respondeu de imediato.

Em campanhas recentes, a companhia vinha destacando que o preço do combustível fóssil por ela praticado representava cerca de um terço do valor final nas bombas dos postos, sobre o qual incidem tributos e é formado conforme estratégia de distribuidores e revendedores.

A política de reajustes da Petrobras esteve no cerne dos protestos de caminhoneiros, uma vez que o diesel, combustível mais consumido do país, atingiu patamares recordes pouco antes das manifestações.

Desde junho, o diesel está com seu valor congelado nas refinarias, a R$ 2,0316 por litro, uma vez que a Petrobras participa de um programa de subvenção instituído pelo governo como forma de atender as reivindicações dos caminhoneiros.

Os pagamentos dos subsídios ao diesel, contudo, ainda não foram aprovados pela reguladora ANP para a Petrobras.

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