Peso argentino sobe com otimismo por conversas com FMI
Por Jorge Otaola e Walter Bianchi
BUENOS AIRES (Reuters) - O peso da Argentina subiu 3,2 por cento nesta quinta-feira, com investidores citando otimismo sobre o país fechar um novo acordo stand-by de financiamento com o Fundo Monetário Internacional, voltado para garantir a solvência do governo.
A moeda local era negociada a 38,15 para o dólar. O peso perdeu cerca de metade de seu valor neste ano com investidores preocupados se a Argentina poderia cumprir suas obrigações com a dívida no próximo ano.
Um porta-voz para o FMI disse que foram feitos "importantes progressos" nas negociações entre o organismo multilateral e o governo para fortalecer o acordo de stand-by de 50 bilhões de dólares assinado em junho. Investidores disseram que o peso também teve impulso da forte demanda de investidores estrangeiros na venda de dívida do governo na quarta-feira.
O índice local Merval <.MERV> subia 2,2 por cento.
As vendas generalizadas do peso começaram em maio, provocadas por alta inflação e dúvidas sobre a capacidade do banco central de pagar sua crescente dívida de curto prazo nos chamados títulos Lebac. A economia desde então entrou em recessão com a inflação acima de 34 por cento nos 12 meses encerrados em agosto.
No mês passado, o presidente argentino, Mauricio Macri, foi forçado a renegociar o acordo de seu governo com o FMI, oferecendo políticas voltadas para reduzir o déficit fiscal do país no ano que vem em troca de desembolsos de dinheiro mais rápidos pelo FMI.
O déficit deste ano esperado por sua administração equivale a 2,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Na segunda-feira, o governo divulgou sua proposta orçamentária de 2019. A lei oferece cortes de gastos e aumentos de impostos sobre exportações como forma de atingir o equilíbrio fiscal.
A moeda local se beneficiou de 950 milhões de dólares em investimentos estrangeiros em títulos de curto prazo do Tesouro, disseram operadores. Os papéis foram emitidos com uma taxa de retorno de quase 50 por cento.
(Reportagem adicional de Gabriel Burin)
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