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Suzano tem prejuízo de R$108 mi no 3º tri, mas resultado operacional dispara

25/10/2018 18h40

SÃO PAULO (Reuters) - A Suzano Papel e Celulose teve prejuízo líquido de 108 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de 801 milhões obtido no mesmo período de 2017, sob impacto do câmbio sobre financiamentos que incluem os obtidos para incorporar a rival Fibria.

O resultado operacional, porém, apresentou um salto de 78,6 por cento sobre um ano antes, com o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingindo o recorde de 2,118 bilhões de reais.

O balanço veio um dia após a Fibria divulgar desempenho semelhante, com Ebitda ajustado recorde, impulsionado por aumento de produção de celulose e a depreciação do câmbio, que tende a elevar as receitas na moeda local.

A Suzano registrou receita líquida de 4 bilhões de reais, crescimento de 54,4 por cento sobre o terceiro trimestre do ano passado, apoiada em aumento nos volumes vendidos, desvalorização do real contra o dólar e aumento de preços.

Pesou sobre o balanço a linha de resultado financeiro, que saiu de 270 milhões de reais positivos um ano antes para 1,963 bilhão de reais negativos.

"O aumento de 50,8 por cento (na despesa financeira) reflete a variação cambial do período, e despesa financeira com 'commitment' e com os financiamentos realizados para a combinação de ativos com a Fibria", afirmou a Suzano.

Enquanto a Fibria teve um custo caixa de produção de celulose de 584 reais por tonelada, queda anual de 4 por cento, o da Suzano foi de 619 reais por tonelada, 1,9 por cento abaixo do registrado um ano antes.

A Suzano fechou setembro com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 1,6 vez, ante 2,3 vezes um ano antes.

A produção de celulose subiu 12 por cento no trimestre na comparação anual, enquanto as vendas em volume subiram 8,7 por cento. Segundo a empresa, "diante da demanda internacional aquecida", a Suzano fechou o trimestre com produção total de 1,29 milhão de toneladas de celulose e papel, volume inédito na história de 94 anos da empresa".

(Por Alberto Alerigi Jr.)