Governo melhora estimativa para saldo comercial, mas por menor importação com economia fraca
Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou queda no superávit comercial de junho em relação a um ano antes, mas o governo melhorou a estimativa para o saldo total de 2019, puxada por uma piora mais acentuada no desempenho esperado para as importações, em meio à persistente fraqueza da atividade econômica.
Em junho, o país teve superávit comercial de 5,019 bilhões de dólares em junho, recuo de 4,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, mostraram dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira.
As exportações somaram 18,047 bilhões de dólares no mês, queda de 0,8% na comparação anual pela média diária, enquanto as importações alcançaram 13,027 bilhões de dólares, alta de 0,5%.
No semestre, o país acumulou um superávit comercial de 27,130 bilhões de dólares, recuo de 8,9% sobre igual intervalo do ano passado, também pela média diária.
O Ministério da Economia elevou sua estimativa de saldo para 2019, de um superávit de cerca de 50 bilhões de dólares para 56,7 bilhões de dólares.
A expectativa é que as exportações tenham queda de 2%, enquanto se espera que as importações cedam 1,9%, refletindo o baixo ritmo da atividade doméstica e global. A corrente de comércio --exportações mais importações-- deve recuar 2% neste ano.
Em abril, quando também divulgou estimativas, o governo previu que as exportações aumentariam 2,5% e que as importações saltariam 8%. Com isso, a corrente de comércio teria elevação de 4,9%.
A nova projeção está acima da estimativa do mercado para o ano --de 50,80 bilhões de dólares, segundo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira--, mas segue um pouco abaixo do saldo positivo acumulado no ano passado, de 58 bilhões de dólares.
"A expectativa deste ano é de um crescimento global ainda mais baixo do que no ano passado, e naturalmente a gente sofre as consequências disso", afirmou o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, ao comentar as perspectivas para 2019.
DESTAQUES
Em junho, as importações de bens capital tiveram alta de 10,3% sobre um ano antes. As de bens intermediários recuaram 0,3% e a de bens de consumo caíram 12,2%.
Ao mesmo tempo, houve alta de 13,1% nas importações de combustíveis e lubrificantes.
Já no caso das exportações, houve avanço nas vendas de produtos básicos de 10,7%, a 9,570 bilhões de dólares.
As vendas externas de produtos manufaturados registraram queda de 7,2%, para 6,022 bilhões de dólares. As exportações de produtos semimanufaturados recuaram 6,8%, para 2,455 bilhões de dólares.
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