Bolsonaro fará na ONU defesa "enfática" de atuação do Brasil no meio ambiente, diz porta-voz
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro vai fazer um discurso "de coração" no qual vai defender de forma "enfática" o trabalho que o país está fazendo na questão do meio ambiente ligado a um desenvolvimento sustentável no pronunciamento previsto para a próxima semana na Assembleia Geral da ONU, disse o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros.
"É um discurso de coração onde ele vai defender as potencialidades do país e vai fazer uma defesa enfática daquilo que estamos realizando no tocante à questão de meio ambiente ligado ao desenvolvimento sustentável", disse Rêgo Barros em briefing no Planalto nesta quarta-feira.
"Um pouco para desconstruir essa narrativa, particularmente no ambiente externo, de que o Brasil não cuida da Amazônia, não cuida do meio ambiente e que não está muito interessado nele", acrescentou.
Desde agosto o país tem sido alvo de críticas de autoridades internacionais diante do aumento --registrado por dados oficiais do governo--- do número de queimadas na região amazônica. Rêgo Barros destacou que, ao contrário do que se diz, o governo está debruçado sobre o tema, com ministérios envolvidos em ações sobre a coordenação do presidente.
O porta-voz disse que Bolsonaro --que se recupera da quarta cirurgia por que passou após o atentado à faca-- teve um ótimo dia em termos clínicos e garantiu que ele vai a Nova York para a reunião na ONU.
Rêgo Barros, entretanto, afirmou que foi cortada a escala que Bolsonaro faria no Texas na viagem de volta.
O porta-voz esclareceu que não houve qualquer veto da ONU à participação do presidente brasileiro a um encontro sobre clima, que antecede à Assembleia-Geral, ressaltando que o país não vai participar dessa reunião.
Também frisou que Bolsonaro não vai participar de um encontro que estaria sendo organizado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, para debater sobre clima e a crise das queimadas na Amazônia. Rêgo Barros disse que Bolsonaro reitera que quem deve discutir a solução para a região são os países que a integram.
Ao ser instado a comentar notícia de que o acordo Mercosul-União Europeia teria sido vetado pelo Parlamento austríaco, o porta-voz disse, sem dar detalhes, que o Brasil tem esperança de que se confirme os termos do acordo pelos países integrantes dos dois blocos econômicos.
POLÍCIA FEDERAL
O porta-voz afirmou que o presidente considera que a Polícia Federal está sendo "bem conduzida" pelo seu diretor-geral, quando foi questionado sobre se um encontro entre Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, tratou da permanência de Maurício Valeixo no cargo.
Rêgo Barros disse que decisões sobre a condução da PF ficam sob a responsabilidade do ministério comandado por Moro, embora tenha ressaltado que claramente o presidente tem suas preocupações sobre os nomes eventualmente escolhidos.
"O presidente me deixou claro o seguinte ponto: diretamente nunca fez nenhum tipo de restrição ao doutor Valeixo, reconhece o seu trabalho e reforça que decisões relativas diretamente à Polícia Federal são de responsabilidade do ministro Sergio Moro."
É uma sinalização de mudança de postura do Palácio do Planalto, uma vez que o presidente já chegou a falar publicamente no mês passado que é ele quem escolhe o diretor-geral da PF.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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