Bancos centrais mundiais agem de modo emergencial enquanto vírus paralisa economias
O Federal Reserve dos EUA e outros bancos centrais agiram de forma agressiva e emergencial com cortes na taxa de juros e ofertas de dólares baratos para ajudar a combater a pandemia de coronavírus que sacudiu os mercados e paralisou grande parte da economia mundial.
A resposta coordenada do Fed até o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BOJ) ocorreu em meio a um colapso nos mercados financeiros, à medida que a ansiedade dos investidores se aprofundava com a dificuldade de combater um vírus que já matou milhares e paralisou vários países.
O Fed agiu primeiro no domingo, cortando sua taxa básica para quase zero, em uma iniciativa que lembra as medidas tomadas há pouco mais de uma década atrás, na esteira da crise financeira.
A decisão dos EUA desencadeou afrouxamentos de emergência na política monetária por bancos centrais na Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul, com a Austrália também se unindo a uma injeção de liquidez em um movimento coordenado que visa estabilizar a confiança, já que a pandemia ameaça uma recessão global.
"O vírus está afetando profundamente as pessoas nos Estados Unidos e no mundo", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva, depois de reduzir a taxa de curto prazo para uma faixa de 0% a 0,25%, e anunciar pelo menos 700 bilhões de dólares em Treasuries e compras de títulos garantidos por hipotecas nas próximas semanas.
O banco central da Nova Zelândia reduziu a taxa para uma mínima recorde, com a abertura dos mercados asiáticos nesta semana, enquanto o banco central da Austrália injetou liquidez extra em um sistema financeiro tenso e disse que anunciará mais medidas na política monetária na quinta-feira.
Mais tarde, o banco central do Japão também afrouxou a política monetária em uma reunião de emergência, aumentando as compras de fundos negociados em bolsa (ETFs) e outros ativos de risco.
A vizinha Coreia do Sul também interveio nesta segunda-feira com um corte na taxa de 50 pontos-base, em uma rara revisão entre reuniões.
Outros cinco bancos centrais cortaram os preços de suas linhas de swap para facilitar o fornecimento de dólares para suas instituições financeiras, intensificando os esforços para afrouxar os mercados de financiamento e acalmar os mercados de crédito. Eles também concordaram em oferecer crédito em dólares norte-americanos regularmente por três meses e a uma taxa mais barata que o normal.
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