Ibovespa futuro avança e ensaia recuperação com novas medidas contra Covid-19 no radar
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto avançava nesta segunda-feira, ensaiando uma recuperação após fortes perdas na última semana e tendo de pano de fundo um quadro misto nas praças acionárias globais, além de novas medidas sócio-econômicas de resposta ao Covid-19 no Brasil e no mundo.
Por volta de 09:45, o contrato do Ibovespa com vencimento em abril subia 3,3%, a 68.400 pontos, revertendo a queda da abertura, quando marcou 64.295 pontos (-2,88%).
O Ibovespa à vista caiu 1,85%, a 67.069,36 pontos, na sexta-feira, acumulando uma perda de 18,88% na semana, pior resultado semanal desde outubro de 2008.
Nesta segunda-feira, no Brasil, o Banco Central reduziu a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo de 25% para 17%, prevendo uma liberação de 68 bilhões de reais na economia a partir do dia 30 de março.
Também o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou medida que autoriza instituições financeiras a captarem por meio de depósitos a prazo com garantia especial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Ao mesmo tempo, mais empresas anunciaram suspensão de atividades fabris, bem como fechamento temporário de lojas e shopping centers, entre elas Magazine Luiza, brMalls e Arezzo
No exterior, a iniciativa do Senado dos Estados Unidos de aprovar um projeto de lei de mais de 1 trilhão de dólares de reação ao coronavírus continuou travada na noite de domingo.
"Vale lembrar que, em 2008, o TARP, principal programa de estabilização financeira na época, não foi aprovado em sua primeira votação no Congresso dos EUA", disse o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.
"Depois disso, vimos uma forte e adicional queda das bolsas, o pacote foi revisto e, alguns dias depois, aprovado. Assim, acredito que um pacote fiscal relevante ainda seja aprovado nas próximas semanas", afirmou em nota a clientes.
O Federal Reserve, por sua vez, citando "tremendas dificuldades" causadas pela pandemia de coronavírus, disse que começará a respaldar uma gama de créditos sem precedentes para famílias, pequenas empresas e grandes empregadores.[E6N2B4027]
Nos EUA, o futuro do S&P 500 tinha alta 1,8%. Na Europa, porém, o londrino FTSE 100 caía 1,3%.
Na visão de Kawa, fica cada vez mais claro que o mercado precisa de uma 'luz no final do túnel' em relação ao arrefecimento do coronavírus e seus impactos econômicos.
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