Fed não está alimentando desigualdade nos EUA, diz Daly
Por Ann Saphir
(Reuters) - A presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly, defendeu nesta terça-feira o banco central norte-americano contra críticas de que sua política monetária flexível e programas de empréstimos emergenciais estão fazendo mais para ajudar os ricos do que os pobres.
"Realmente não existe essa linha nítida que separa a Main Street de Wall Street", disse Daly à CNN International, referindo-se a pequenas e médias empresas e ao mercado financeiro, respectivamente.
"Se não repararmos os mercados financeiros e garantirmos que eles tenham liquidez, eles não poderão repassar as mudanças nos juros para as famílias e empresas que mais precisam... Nosso auxílio à economia apoia a todos."
Diante da pandemia de coronavírus, o Fed reduziu os juros para quase zero, comprou trilhões de dólares em títulos e lançou quase uma dúzia de programas para apoiar e estender o crédito corporativo e promover empréstimos bancários.
Críticos dizem que essas medidas beneficiam os ricos, aumentando o preço de ativos como ações enquanto milhões de trabalhadores estão perdendo seus empregos e renda.
A crescente atenção nacional ao racismo nos EUA após o assassinato de George Floyd, um homem negro que estava sob custódia policial, aumentou o foco público no papel do Fed em exacerbar desigualdades na esfera econômica.
Daly disse que as políticas do Fed estão de fato salvando empregos, reparando o "encanamento" do sistema financeiro e ajudando empresas a manter acesso ao financiamento, que é essencial para suas operações.
Quando perguntada se as políticas do Fed agravam as desigualdades inadvertidamente, Daly foi clara: "Não no meu julgamento", afirmou.
Mas Daly disse que combater o racismo, além de ser uma questão moral, também ajuda a economia, trazendo mais pessoas ao mercado de trabalho.
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