Indicador técnico da taxa de câmbio bate nível extremo e volta a patamares de 2011
Uma medida de quão rápidos estão os movimentos da taxa de câmbio em relação a suas médias atingiu um nível extremo nesta quarta-feira, voltando a patamares de uma década atrás, em meio a uma forte e ininterrupta queda do dólar que transformou o real no maior destaque do ano entre as principais moedas.
O IFR-14 (índice de força relativa de 14 dias) operava em torno de 22 hoje, dia em que o dólar era cotado abaixo de R$ 5 pela primeira vez em quase oito meses.
Valores abaixo de 30 costumam ser associados a uma desvalorização excessivamente rápida do preço de um ativo (no caso, o dólar). Em relação ao câmbio, quanto mais abaixo de 30, mais o dólar estaria com excesso de fraqueza, o que aumentaria proporcionalmente chances de uma correção para cima.
Apenas hoje o dólar à vista caía 1%, aprofundando as perdas em fevereiro para 5,7% e, em 2022, para 10,2%. O real tem a coroa tripla: é o melhor desempenho no dia, no mês e no ano.
A última vez que o IFR-14 desceu a patamares tão baixos foi em abril de 2011, quando o dólar estava cotado em torno de R$ 1,56. Em julho daquele ano, a cotação bateu R$ 1,5275, mínima da era do câmbio flutuante. A partir daí, contudo, começava um longo período de desvalorização cambial, que em maio de 2020 levou o dólar para perto de R$ 6.
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