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Lira, Pacheco e líderes discutem alta dos combustíveis e miram Petrobras

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados - Rosinei Coutinho/SCO/STF
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados Imagem: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Maria Carolina Marcello

20/06/2022 21h20Atualizada em 20/06/2022 22h37

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDB-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reuniam-se com líderes de bancada, na noite desta segunda-feira, para discutir medidas legislativas para enfrentar a alta dos preços dos combustíveis, tendo como um dos alvos o lucro de acionistas da Petrobras.

De olho nas eleições de outubro, parlamentares não têm escondido sua inquietação com a escalada dos preços dos combustíveis. Enquanto alguns criticam a política de preços adotada pela Petrobras, outros, como o presidente da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados preferem mirar na própria empresa e na distribuição dos lucros, além de defenderem sua privatização.

"Reunião de líderes na Câmara dos Deputados na residência oficial (da presidência da Câmara), com presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco", publicou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), em seu perfil do Twitter.

"Debates sobre medidas para contenção dos preços dos combustíveis. Pauta, taxação de lucros da Petrobras, CPI, transparência na formação de preços", postou o líder.

Também pelas redes sociais, o presidente do Senado comentou o convite para a reunião. Pacheco disse que ouviu "as diversas ideias a respeito do tema e as levarei para a consideração dos líderes do Senado".

De acordo com uma fonte que acompanha as negociações, há intenção, entre os presentes na reunião, de construir uma medida que possa resultar na redução dos preços dos combustíveis. A fonte considerou improvável, no entanto, que a reunião desta segunda já produza uma proposta, dada a complexidade do tema.

Na manhã desta segunda-feira, José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da Petrobras, o que tirou pressão para que os ganhos financeiros dos dirigentes da estatal se tornem alvo de uma CPI, de acordo com fontes.