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Argentina vai aumentar juros e intervir no câmbio para segurar inflação

Argentina está lutando para reduzir a inflação, que chegou a 109% no acumulado dos 12 meses até abril - Luis Robayo/AFP
Argentina está lutando para reduzir a inflação, que chegou a 109% no acumulado dos 12 meses até abril Imagem: Luis Robayo/AFP

Jorge Otaola e Maximilian Heath

14/05/2023 13h44Atualizada em 14/05/2023 13h50

O governo da Argentina anunciou um pacote de medidas para conter a alta da inflação e apoiar o cambaleante peso cambial no domingo, incluindo ajustes nas taxas de juros, mais intervenções no mercado de câmbio e acordos acelerados com os credores.

As medidas incluem um aumento da taxa de juros pelo Banco Central, disse o Ministério da Economia em um comunicado. O Ministério não deu mais detalhes, mas uma fonte oficial disse à Reuters que o aumento seria de 600 pontos-base, elevando a taxa para 97%.

O aumento da taxa entrará em vigor na segunda-feira (15), acrescentou a fonte.

O país está lutando para reduzir a inflação, que atingiu 109% anualmente em abril. A Argentina também enfrenta a queda da confiança no peso e a diminuição das reservas em moeda estrangeira, que ameaçam as finanças do governo.

O Banco Central também aumentará sua intervenção no mercado de câmbio e dobrará seu plano de desvalorização da moeda, disse o ministério. Um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para distribuir fundos para o país também será acelerado, acrescentou o ministério.

Mais medidas devem ser anunciadas nos próximos dias, segundo o Ministério.

O governo do presidente Alberto Fernández está tentando controlar a situação econômica à medida que as eleições se aproximam, com pesquisas de opinião mostrando apoio fraco ao partido peronista no poder.

O próprio Fernández já anunciou que não será candidato, mas o governo tenta melhorar a situação econômica para evitar uma vitória da oposição.