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Governo precisa aprovar arcabouço com larga vantagem para dar consistência a regime fiscal, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, julga ser necessário aprovar o arcabouço fiscal com larga margem para "dar consistência" ao regime das contas públicas do país - Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, julga ser necessário aprovar o arcabouço fiscal com larga margem para "dar consistência" ao regime das contas públicas do país Imagem: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Victor Borges e Luana Maria Benedito

16/05/2023 15h13

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira estar confiante na aprovação do novo arcabouço fiscal com larga vantagem de votos na Câmara dos Deputados, o que julgou ser necessário para "dar consistência" ao regime das contas públicas do país.

"Nós temos o desafio de aprovar esse arcabouço com uma larga margem de votação para dar consistência ao regime fiscal do país", disse Haddad a jornalistas na sede do ministério.

Questionado se ele acredita que isso vai ocorrer, ele disse que sim. "A conversa foi extensa e ouvi muita boa vontade, inclusive dos partidos de oposição, que consideram esse projeto de Estado e não de governo A, B ou C", afirmou.

Haddad disse que a Câmara está fazendo um acordo para a aprovação na nova regra fiscal e que "em um acordo todo mundo sai tendo que ceder". A votação do texto na Câmara está prevista para o próximo dia 24.

"Isso é um acordo que a Câmara está fazendo para ampliar ao máximo o apoio ao arcabouço e ele ser uma lei com durabilidade, com resiliência para que os resultado sejam alcançados."

O ministro também afirmou que ouviu de líderes parlamentares que o país saiu de uma "camisa de força grande" e está sendo colocado em "outro patamar" com as negociações do arcabouço.

Haddad disse ainda que, se o governo mandar uma proposta de reajuste do Bolsa Família aos parlamentares, é muito difícil o Congresso recusar, uma vez que se trata de auxílio à camada mais pobre da sociedade.