Haddad diz que reforma tributária terá anos de transição na direção certa
Por Victor Borges
(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que uma reforma da magnitude da proposta sobre as mudanças tributárias terá uma transição longa, ninguém será afetado de forma imediata e destacou que a implementação da reforma, caso aprovada, será feita gradualmente.
"Uma reforma tão grande não pode ser feita também sem nenhuma mudança. Haverá mudanças. E, de novo, tem que ver que setor que é realmente afetado e o prazo que está sendo dado para que isso vá se alterando aos poucos. Não vai afetar a atividade econômica de ninguém no dia seguinte. São anos de transição, mas na direção correta", disse em entrevista a jornalistas na sede do Ministério.
Haddad disse que, em comparação com outras matérias apoiadas pelo governo que tramitam no Congresso, a reforma requer maior articulação com as Casas.
"O arcabouço, Carf e outros projetos já estão encaminhados, mas a reforma tributária é a que vai exigir as tratativas para que o plenário se sinta confortável para votar", afirmou.
O ministro destacou o sucesso de modelos semelhantes aos propostos pela matéria em outros países e disse se sentir confiante nos resultados esperados, apesar de reconhecer a seriedade das alterações nos tributos.
"Estou seguro de que nós temos maturidade para dar esse salto tardio.... Tenho muita confiança que a sociedade brasileira amadureceu. Você vê aí as manifestações do próprio empresariado... Sei que o tema é delicado, mas eu nunca vi o país tão confiante e tão desejoso de se modernizar", afirmou.
CARF
Sobre a tramitação do projeto de lei que trata do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Haddad disse que o relatório está sendo elaborado "com as cautelas devidas" e que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou apoio às tentativas da Fazenda de resolver a questão.
"Eu já ouvi da boca do presidente Rodrigo Pacheco que é muito simpático ao gesto que a Fazenda fez de chamar os contribuintes e discutir com os entes contribuintes uma solução para esse problema. Ele também tem formação na área e está a par do assunto", acrescentou.
(Reportagem de Victor Borges; Edição de Alexandre Caverni)
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