IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Bovespa perde 11,7% em setembro e tem pior mês em mais de dois anos

30/09/2014 17h52

A bolsa brasileira voltou a cair nesta terça-feira, mas o recuo foi bem mais moderado do que o tombo de 4,5% de ontem. Investidores mantiveram a cautela, à espera da divulgação de uma nova rodada de pesquisas sobre a corrida presidencial. Hoje à noite devem ser divulgados os levantamentos do Ibope e do Datafolha.

Além do mau humor eleitoral, dada a chance de vitória de Dilma Rousseff (PT) em primeiro turno, o déficit primário do setor público também não colaborou para a recuperação do mercado local. O déficit em agosto, de R$ 14,460 bilhões, foi o quarto consecutivo - fato inédito na série histórica do Banco Central.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,93%, aos 54.115 pontos, com forte volume de R$ 8,645 bilhões. Na mínima do dia, o índice chegou a cair 1,99% (53.536 pontos). Desta forma, a bolsa brasileira fechou setembro com perda acumulada de 11,70%, no pior desempenho mensal desde maio de 2012 (-11,86%). No ano, o ganho do Ibovespa foi reduzido para 5,06%.

As ações do "kit eleição" mais uma vez concentraram as perdas do dia, com destaque para Banco do Brasil ON (-7,25%, a R$ 25,30), seguida por Eletrobras ON (-4,65%, a R$ 6,56), Itaú PN (-3,39%, a R$ 33,87), Bradesco PN (-2,38%, a R$ 34,84) e Petrobras PN (-2,74%, a R$ 18,09).

Entre as principais ações do índice, Vale PNA ficou na contramão do mercado, com alta de 2,06%, a R$ 23,78, evitando um tombo maior do Ibovespa. A diretoria da mineradora propôs pagamento de US$ 2,1 bilhões na segunda parcela de dividendos anuais referentes a 2014. O montante equivale a US$ 0,407 por ação preferencial ou ordinária e está em linha com a proposta anual já apresentada no começo do ano.

Entre as maiores altas do dia apareceram as companhias do setor de educação Kroton ON (4,62%) e Estácio ON (2,99%). Operadores acreditam que investidores aproveitaram as perdas expressivas dos dois ativos neste mês, de 8,5% e 14,8% respectivamente, para recompor carteiras.