Em último ato em defesa de mandato, Dilma fala em ruptura democrática
No último ato antes do início de seu julgamento final no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff criticou "os parasitas antidemocráticos" que atacam a "árvore da democracia". Ela também afirmou que vai ao Senado Federal na próxima segunda-feira para "impedir que o impeachment aconteça".
Lá, ela pretende "defender a democracia, projeto político que represento, os interesses que acho serem os legítimos do povo brasileiro e sobretudo construir os instrumentos que permitam que isso nunca mais aconteça em nosso país", prometeu.
Dilma discursou em um auditório para 474 pessoas em Brasília. A plateia era composta por integrantes dos diversos movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, entidade que organizou o ato. No palco, ao lado de Dilma, estavam ex-ministros durante o seu mandato, dirigentes de movimentos populares e deputados federais, entre outros. Não havia senadores presentes no evento.
Ao comparar a democracia com uma árvore, a presidente afastada disse que os políticos responsáveis pelo seu afastamento agem como "parasitas" e que "a única coisa que mata parasita antidemocrático é o oxigênio do debate, da crítica, da verdade". "Nós respeitamos as instituições, não os golpistas. É diferente. Nós temos de saber viver em regime democrático e temos usado todos os instrumentos", prosseguiu.
"Temos de ser capazes de resgatar a democracia em nosso país, porque golpe desse tipo, mesmo ainda não concluído e que todos nos esperamos que não se conclua, deixa marcas profundas", prosseguiu. De acordo com ela, "a principal marca é que a ruptura democrática ocorreu". "Vai ser necessário eleição para se recompor todas as instâncias democráticas do nosso país", apontou. A presidente voltou a citar o suicídio de Getúlio Vargas e ponderou que vivemos um outro momento histórico e que, por isso, "não tenho de renunciar, não tenho que me suicidar".
A presidente afastada também criticou os projetos que o presidente interino Michel Temer enviou ao Congresso durante seu período à frente do Palácio do Planalto. Ela se referiu especificamente à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa um teto para o crescimento dos gastos públicos, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados.
De acordo com ela, a PEC levará a "uma redução na saúde". Pouco depois, Dilma atacou o ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao criticar a sua gestão à frente do Itamaraty. "É muito grave a tentativa sistemática de destruir o Mercosul e desorganizar toda a Unasul", afirmou.
O julgamento final que decidirá o destino da presidente afastada começa nesta quinta-feira no Senado Federal. Dilma deve fazer sua defesa na próxima segunda-feira. Para o mesmo dia, está prevista uma manifestação em apoio ao seu mandato em Brasília.
Lá, ela pretende "defender a democracia, projeto político que represento, os interesses que acho serem os legítimos do povo brasileiro e sobretudo construir os instrumentos que permitam que isso nunca mais aconteça em nosso país", prometeu.
Dilma discursou em um auditório para 474 pessoas em Brasília. A plateia era composta por integrantes dos diversos movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, entidade que organizou o ato. No palco, ao lado de Dilma, estavam ex-ministros durante o seu mandato, dirigentes de movimentos populares e deputados federais, entre outros. Não havia senadores presentes no evento.
Ao comparar a democracia com uma árvore, a presidente afastada disse que os políticos responsáveis pelo seu afastamento agem como "parasitas" e que "a única coisa que mata parasita antidemocrático é o oxigênio do debate, da crítica, da verdade". "Nós respeitamos as instituições, não os golpistas. É diferente. Nós temos de saber viver em regime democrático e temos usado todos os instrumentos", prosseguiu.
"Temos de ser capazes de resgatar a democracia em nosso país, porque golpe desse tipo, mesmo ainda não concluído e que todos nos esperamos que não se conclua, deixa marcas profundas", prosseguiu. De acordo com ela, "a principal marca é que a ruptura democrática ocorreu". "Vai ser necessário eleição para se recompor todas as instâncias democráticas do nosso país", apontou. A presidente voltou a citar o suicídio de Getúlio Vargas e ponderou que vivemos um outro momento histórico e que, por isso, "não tenho de renunciar, não tenho que me suicidar".
A presidente afastada também criticou os projetos que o presidente interino Michel Temer enviou ao Congresso durante seu período à frente do Palácio do Planalto. Ela se referiu especificamente à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa um teto para o crescimento dos gastos públicos, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados.
De acordo com ela, a PEC levará a "uma redução na saúde". Pouco depois, Dilma atacou o ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao criticar a sua gestão à frente do Itamaraty. "É muito grave a tentativa sistemática de destruir o Mercosul e desorganizar toda a Unasul", afirmou.
O julgamento final que decidirá o destino da presidente afastada começa nesta quinta-feira no Senado Federal. Dilma deve fazer sua defesa na próxima segunda-feira. Para o mesmo dia, está prevista uma manifestação em apoio ao seu mandato em Brasília.
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