Dólar sobe diante de impeachment e incerteza com Fed
O dólar perdeu força ao longo da tarde, mas fechou em alta ante o real nesta terça-feira. Mesmo assim, a moeda brasileira voltou a ter um desempenho melhor que seus pares, a exemplo de ontem.
A moeda americana subiu 0,18%, a R$ 3,2385. Na máxima, foi a R$ 3,2637 (0,96%).
No mercado futuro, em que os negócios vão até as 18h, o dólar para setembro tinha alta de 0,28%, a R$ 3,2410.
Profissionais disseram que a expectativa pela conclusão do processo de impeachment, prevista para amanhã, levou o mercado a amenizar as compras, ainda pela ideia de que o Brasil pode receber importantes fluxos de recursos nos próximos meses, apesar das dúvidas sobre o montante. Além disso, o nível do dólar acima de R$ 3,25, depois de ontem ter chegado a quase R$ 3,30, chama vendas, embora insuficientes para levar a taxa para abaixo de R$ 3,20.
A manutenção do dólar em níveis mais elevados nos últimos dias alimentou questionamentos sobre a possibilidade de o mercado levar a cotação ainda mais para cima confirmado o impeachment, típico movimento de "realizar no fato", já que os riscos se voltariam para a implementação das medidas fiscais e a saída de Dilma Rousseff seria um evento "dado".
O profissional de uma gestora, no entanto, acredita que a alta recente já serviu como um "ajuste" e que, mantido o cenário-base de troca de governo e sinais de avanço no ajuste fiscal, a tendência para a moeda ainda é de baixa.
"Tem toda a questão do Fed, mas acho que, ainda que suba o juro em setembro, o rali do dólar no mundo pode ser temporário, porque cresce a chance de não haver alta em dezembro", diz. "O que definitivamente não está no preço do mercado são duas altas neste ano ou mais de duas no ano que vem."
O gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, adota uma postura mais cautelosa e vê o patamar de R$ 3,50 como um nível "bastante condizente" com um Fed que sobe juros em setembro. A taxa de R$ 3,50 embute apreciação de 8,1% em ante o patamar de fechamento de hoje.
"Estamos diante do risco claro de haver uma mudança até pouco tempo não imaginada na política monetária americana. Quem garante que não poderá haver alta de juros também em dezembro?", questiona, lembrando que esse cenário vai tornar menos clara a ideia de que o Brasil atrairá fluxos de recursos após o impeachment.
A moeda americana subiu 0,18%, a R$ 3,2385. Na máxima, foi a R$ 3,2637 (0,96%).
No mercado futuro, em que os negócios vão até as 18h, o dólar para setembro tinha alta de 0,28%, a R$ 3,2410.
Profissionais disseram que a expectativa pela conclusão do processo de impeachment, prevista para amanhã, levou o mercado a amenizar as compras, ainda pela ideia de que o Brasil pode receber importantes fluxos de recursos nos próximos meses, apesar das dúvidas sobre o montante. Além disso, o nível do dólar acima de R$ 3,25, depois de ontem ter chegado a quase R$ 3,30, chama vendas, embora insuficientes para levar a taxa para abaixo de R$ 3,20.
A manutenção do dólar em níveis mais elevados nos últimos dias alimentou questionamentos sobre a possibilidade de o mercado levar a cotação ainda mais para cima confirmado o impeachment, típico movimento de "realizar no fato", já que os riscos se voltariam para a implementação das medidas fiscais e a saída de Dilma Rousseff seria um evento "dado".
O profissional de uma gestora, no entanto, acredita que a alta recente já serviu como um "ajuste" e que, mantido o cenário-base de troca de governo e sinais de avanço no ajuste fiscal, a tendência para a moeda ainda é de baixa.
"Tem toda a questão do Fed, mas acho que, ainda que suba o juro em setembro, o rali do dólar no mundo pode ser temporário, porque cresce a chance de não haver alta em dezembro", diz. "O que definitivamente não está no preço do mercado são duas altas neste ano ou mais de duas no ano que vem."
O gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, adota uma postura mais cautelosa e vê o patamar de R$ 3,50 como um nível "bastante condizente" com um Fed que sobe juros em setembro. A taxa de R$ 3,50 embute apreciação de 8,1% em ante o patamar de fechamento de hoje.
"Estamos diante do risco claro de haver uma mudança até pouco tempo não imaginada na política monetária americana. Quem garante que não poderá haver alta de juros também em dezembro?", questiona, lembrando que esse cenário vai tornar menos clara a ideia de que o Brasil atrairá fluxos de recursos após o impeachment.
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