Mais da metade de todos os aviões comerciais do mundo está parada
A crise gerada pela pandemia do novo coronavírus fez com que mais da metade de todos os aviões comerciais do mundo ficasse parada nos aeroportos. Segundo a consultoria Cirium, já são mais de 14,5 mil aviões que estão sem voar há pelo menos sete dias. Esse número representa mais de 55% da frota mundial da aviação comercial.
A aviação vive a pior crise de sua história por conta da pandemia da Covid-19. Para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus, diversos países fecharam suas fronteiras, o que resultou em inúmeros cancelamentos de voos. No Brasil, as companhias aéreas Gol, Latam e Azul chegaram a reduzir os voos em mais de 90%.
Os dados da consultoria Cirium mostram que os aviões de longo alcance e de dois corredores (widebody) são os mais impactados durante a crise. Com a redução drástica de voos internacionais, 65% desses aviões estão parados. Entre as aeronaves da Airbus, 70% estão inativas, enquanto entre os modelos da Boeing 56% estão parados.
Maior avião do mundo, o Airbus A380 teve 87,5% de toda a sua frota paralisada. Dos 240 aviões do modelo em operação, apenas 21 estão em atividade atualmente. Parte desse fenômeno foi causada pela interrupção das operações da companhia aérea Emirates. A empresa é responsável por quase metade da frota mundial do A380, com 115 unidades do modelo.
A paralisação dos voos ao redor do mundo se intensificou nas duas últimas semanas. Até o dia 23 de março, eram 5.000 aviões parados. Nos últimos 15 dias, esse total praticamente triplicou.
Além do número reduzido de aviões em operação, aqueles que ainda estão em atividade estão voando menos. Segundo a consultoria Cirirum, os modelos Airbus A350 e Boeing 787 realizaram 80% menos horas de voo na última sexta-feira (3) comparado com o início de abril do ano passado.
Aéreas suspendem totalmente suas operações
A queda brusca na demanda de passageiros e as restrições de voos fez com que dezenas de companhias aéreas decidissem suspender totalmente suas operações nas últimas semanas. Foi o caso, por exemplo, das duas maiores empresas de baixo custo da Europa, a Ryanair e a EasyJet,
A crise acertou em cheio empresas tradicionais. Segunda companhia aérea mais antiga do mundo com mais de cem anos de existência, a colombiana Avianca suspendeu totalmente suas operações pela primeira vez na história.
A redução das operações tem afetado o funcionamento de aeroportos ao redor no mundo. No Brasil, o terminal 1 do aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, foi fechado temporariamente. Em Londres (Reino Unido), o aeroporto London City teve todas as suas operações suspensas, enquanto o aeroporto de Heathrow, o mais movimentado do país, fechou uma de suas pistas.
Com o grande número de aviões parados, muitos aeroportos se transformaram em grandes estacionamentos. É o caso do aeroporto de Frankfurt (Alemanha), onde está boa parte da frota da alemã Lufthansa. Os aviões estão estacionados em uma das pistas.
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