Esta parte da newsletter Todos a Bordo enviada hoje (21). Toda quarta-feira, o boletim vai abordar fatos, histórias e curiosidades que movem o mundo da aviação. Na newsletter completa de hoje, apenas para assinantes, você ainda lê as consequências do acidente para o então príncipe Charles, o clima envolvendo a traição a Diana com a atual rainha consorte, além de uma curadoria de outras notícias de aviação. Quer receber a edição completa no seu email na semana que vem? Clique aqui.
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Em 29 de junho de 1994, um acidente quase embaralhou a linha de sucessão ao trono do Reino Unido. Naquele dia, o rei Charles 3º, ainda príncipe de Gales, causava um acidente com o avião que pilotava durante o pouso em uma ilha na Escócia.
Próximo ao meio-dia, ao tentar pousar, uma manobra errada do agora rei fez o avião em que ele e mais dez pessoas estavam tocar bruscamente o chão, estourar três pneus e sair da pista.
Era um momento delicado em sua vida. Ele havia se separado da princesa Diana meses antes, e estava sob pressão devido à transmissão de um documentário sobre sua vida que iria ao ar mais tarde naquele mesmo dia.
Como foi o acidente? Charles estava em um voo que havia partido de Aberdeen (Escócia) com destino a o aeroporto Islay, localizado em uma ilha no oeste do país. A aeronave era um British Aerospace BAe-146-100, pertencente ao governo britânico.
A bordo, estavam 11 passageiros. Durante a aproximação, Charles abordou o comandante Graham Laurie pedindo para pousar o avião. Isso não seria nenhum problema, já que Charles foi piloto das forças armadas britânicas.
O comandante concorda com o hoje rei, e passa os comandos para ele. A aproximação era instável, com fortes ventos.
Charles manteve o BAe-146 mais alto e rápido do que o correto para o pouso naquela pista em Islay. Fortes ventos traseiros fizeram com que o avião tocasse o trem de pouso dianteiro na pista primeiro, mantendo as rodas de trás elevadas, como em um carrinho de mão.
Isso fez com que os sistemas que acionam os freios demorassem para ser acionados, já que a aeronave interpretava que o avião ainda não havia tocado o solo adequadamente. Com essa demora, o avião continuou na pista até ser muito tarde para conseguir parar.
Três pneus estouraram, fazendo com que Charles perdesse o controle e saísse da pista. O avião parou na grama, batendo o nariz contra o chão e afundando na lama.
Ninguém ficou ferido no acidente.
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