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ANÁLISE

UOL News Economia #4: Tesouro Direto é alternativa para começar a investir

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/10/2021 04h00

O Tesouro Direto, programa criado pelo governo federal em 2002, é uma alternativa para quem procura rendimento a curto, médio e longo prazo. É necessário saber qual título é mais atrativo para o bolso e as ambições. Este é o tema do quarto episódio do podcast UOL News Economia, apresentado pelo repórter João José Oliveira, com dicas sobre investimentos. Ao todo, são oito episódios, sempre publicados às sextas-feiras. Ouça o episódio na íntegra no arquivo acima.

A analista de investimentos da Suno Research Gabriela Mosmann dá uma dica importante para quem não quer perder dinheiro: é necessário investir por, no mínimo, 30 dias.

Ela explica que o Tesouro Selic é a modalidade mais recomendada para o investidor interessado em criar seu portfólio. O principal motivo, segundo ela, é o baixo risco. "O Tesouro Selic é mais fácil para você começar porque é um investimento que você consegue manter uma reserva de emergência ou alguma pequena poupança para qualquer objetivo. E ele vai ajustando, atualizando conforme as atualizações de taxas de juros na economia", diz (ouça a partir de 1:53).

Economista e mestre em finanças pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Gabriela afirma que a volatilidade, palavra usada no mercado para designar o sobe e desce dos investimentos, tem menos impacto no Tesouro Selic. No entanto, esse fenômeno é observado em outros dois títulos apontados como vantajosos para o futuro um pouco mais distante: o Tesouro IPCA e o Tesouro Prefixado.

"Esses dois investimentos, por terem um prazo mais longo, têm muito mais volatilidade. Eu os aconselho para médio e longo prazo, para o investidor cruzar o investimento com o que você quer como objetivo. Você quer investir para comprar uma casa daqui a 10 anos? Então olhe os títulos com esse prazo para não correr o risco de perder dinheiro com oscilação." (a partir de 5:16).

Gabriela detalha que o investidor tem de procurar a diversificação na sua carteira. Ou seja, após entender melhor como funciona o Tesouro Selic, é interessante olhar com mais atenção para o IPCA e o Prefixado.

"O Tesouro IPCA te dá a variação da inflação, é uma forma de você se proteger. Se a inflação for 10% ou 2%, você vai ter um ganho real porque vai ser a variação da inflação mais uma taxa pré-determinada, o IPCA mais 4%. Você sabe que ao longo dos próximos 10 anos, por exemplo, vai ter uma rentabilidade real de 4%", esclarece (a partir de 7:31).

A especialista conta que os juros permitem que o investidor acumule dinheiro mais rapidamente no Tesouro Prefixado. Em uma rápida simulação, Gabriela diz quanto tempo é necessário para juntar R$ 100 mil com o pagamento de 11% de juros ao ano em um título com vencimento em 2031.

"Esses 11% vão dar mais ou menos 0,8% ao mês. O investidor precisaria investir R$ 470,76 todo mês, durante os próximos 10 anos. Se não existissem esses 11% de juros, teria economizado uns R$ 56 mil. Você vê que essa diferença foram esses juros rendendo ao longo dos investimentos" (a partir de 13:24).

Gabriela Mosmann reforça que as versões com pagamento de juros semestrais do IPCA e Prefixado têm público-alvo específico.

"Para aquela pessoa que está começando a investir agora e quer acumular patrimônio, a melhor opção realmente é a sem juros semestrais, porque você vai deixar a bola de neve girar até quando quiser começar a aproveitar esse dinheiro. Agora, se você está em uma fase na vida em que já quer de certa forma uma renda passiva ou viver um pouco dos investimentos, essas opções com juros semestrais são muito interessantes", conclui (a partir de 10:30).

Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts e em todas as plataformas de distribuição de áudio. Você pode ouvir UOL News Economia, por exemplo, no Spotify, na Apple Podcasts, no Google Podcasts, na Amazon Music e no YouTube.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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