Trator sem piloto vira atração para agricultores e crianças nos EUA
O Meio-Oeste americano não apenas é o coração da produção agrícola dos Estados Unidos como tem até atrações turísticas que agradam principalmente agricultores e entusiastas do modo de vida e das tecnologias ligadas ao campo.
Um desses pontos de interesse é uma espécie de miniparque temático rural, que abriga de equipamentos futuristas --como um protótipo de trator que funciona sem operador-- a máquinas agrícolas pioneiras.
O local é a John Deere Pavilion, construção envidraçada de cerca de 1.300 m² na cidade de Moline, Estado de Illinois. É nessa cidade que está a sede mundial da fabricante de máquinas agrícolas John Deere, que nasceu no Meio-Oeste americano como produtora de arados, há 176 anos.
Público pode brincar em simuladores de máquinas
O pavilhão tem muitos atrativos para crianças, que podem subir em máquinas como uma gigantesca colheitadeira de grãos. Também há vídeos de alta definição e projeções num telão sobre as máquinas e o dia a dia no campo.
As crianças pequenas têm uma ala especial no pavilhão, na qual monitores explicam de onde vem a comida e propõem atividades relacionadas ao funcionamento de uma fazenda.
Crianças e adultos também podem brincar em simuladores de máquinas da área de construção da empresa.
Em equipamentos idênticos aos utilizados nos treinamentos de profissionais, é possível testar as habilidades no controle de uma escavadeira, por exemplo, retirando porções de solo de um terreno e colocando-as na caçamba de um caminhão.
Também há dispositivos que simulam as operações de tratores e colheitadeiras usados na chamada agricultura de precisão, que utiliza um sistema de localização por satélite para plantar e colher de forma mais eficiente.
Fábricas de equipamentos agrícolas podem ser visitadas
A John Deere também oferece visitas guiadas em suas fábricas americanas, como em algumas que fazem parte do complexo industrial de Waterloo, no Estado de Iowa, também no Meio-Oeste.
Essa é a cidade onde a empresa começou a produzir máquinas agrícolas; até 1918, a John Deere só fazia arados.
A fábrica em Waterloo monta os grandes tratores da empresa, das séries 7.000, 8.000 e 9.000, assim como motores, alguns dos quais fornecidos para o Brasil.
As visitas, que devem ser agendadas antecipadamente, acontecem todos os dias e permitem conhecer todas as fases de produção das máquinas. Têm duração de 1h30, incluindo a apresentação de um vídeo.
Um tour especial, chamado de Gold Key (“chave de ouro”, em inglês) é oferecido a compradores de tratores da John Deere.
Nessa modalidade, o agricultor é convidado a finalizar ajustes da máquina que encomendou --a empresa não tem estoques, só fabrica o que foi pedido por algum cliente-- e é o primeiro a dar a partida e a conduzir seu trator no final da linha de montagem.
Sítio histórico mostra como era ferraria no século 19
A John Deere também mantém na região um sítio histórico para visitação. Em Grand Detour, em Illinois, está o local onde morou e montou sua primeira ferraria o fundador da empresa que hoje leva seu nome.
A casa onde John Deere morou com a esposa e oito filhos foi restaurada e pode ser visitada, assim como a área onde foram feitas escavações arqueológicas para encontrar o local exato onde estava a ferraria onde ele criou um arado autolimpante em 1837.
O equipamento substituiu o arado de ferro fundido que os pioneiros trouxeram do Leste do país, mas que não se adaptou à terra pegajosa do Meio-Oeste. O invento de Deere era feito de aço polido e tinha lâmina côncava, que não deixava a terra grudar durante o trabalho.
No local histórico, há também uma réplica da antiga oficina de John Deere, onde o ferreiro Rick demonstra aos visitantes como eram o trabalho e os equipamentos usados na época para moldar e fabricar peças de metal. O ingresso ao sítio histórico custa US$ 5 (R$ 11,70).
(*O jornalista Luis Roberto Toledo viajou aos EUA a convite da John Deere)
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