Ações de Eike disparam e fazem Bolsa subir; dólar cai com medida do BC
O dólar comercial aprofundou a queda para 1,1%, negociado a R$ 2,188 na venda nesta quarta-feira (26), após o Banco Central ter anunciado uma nova medida para conter a alta da moeda.
Por volta das 16h20, a Bovespa operava em alta de 0,85%, aos 47.293,02 pontos.
As ações de empresas de Eike Batista disparavam, depois que o empresário anunciou várias possibilidades de negócios de ativos.
O euro tinha queda de 1,75%, para R$ 2,846 na venda.
Medida do BC
O Banco Central decidiu desobrigar os bancos do recolhimento de recursos de reserva no caso de manterem posições muito altas de venda de dólar no mercado futuro. A medida tira barreiras à negociação com câmbio.
A regra anterior previa que os bancos recolhessem o equivalente a 60% da sua "posição vendida" que excedesse US$ 3 bilhões.
Por conta do cenário atual, com menos dólares no mercado brasileiro, os bancos atualmente mantêm posições compradas em dólar -- apostando na possibilidade de alta da moeda norte-americana--e, consequentemente, não estão recolhendo esse compulsório sobre posição vendida.
"Estar comprado" x "estar vendido"
No jargão do mercado, estar "vendido" significa ter assinado um contrato para vender a moeda no futuro pelo preço atual. Isso quer dizer que o investidor aposta que o dólar vai cair.
Se isso acontecer mesmo, ele lucra porque o preço atual pode ser R$ 2,15 e ele espera, por exemplo, que esteja em R$ 2 daqui a um mês. Seu ganho seria de R$ 0,15 por dólar. Mas, se o dólar subir, ele perde.
Já estar "comprado" significa ter assinado um contrato para comprar dólares no futuro pelo preço atual. Isso quer dizer que o investidor aposta que a moeda vá subir.
Se isso acontecer mesmo, ele lucra porque o preço atual pode ser R$ 2,15 e ele espera, por exemplo, que esteja em R$ 2,30 daqui a um mês. Seu ganho seria de R$ 0,15 por dólar. Mas, se o dólar cair, ele perde.
Bolsas internacionais
As ações europeias registraram seus maiores ganhos em dois dias desde abril à medida que comentários de bancos centrais aliviavam as preocupações sobre iminente aperto na política monetária.
O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 fechou com alta de 1,7%, a 1.149 pontos, depois de subir 1,5% na véspera. A promessa do banco central chinês de evitar qualquer crise de crédito ajudou a reanimar os investidores.
Mais tarde, o otimismo foi reforçado pela garantia do Banco Central Europeu (BCE) de que o fim de suas medidas excepcionais de política monetária continua distante.
Em Londres, o índice Financial Times subiu 1,04%, a 6.165 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 1,66%, para 7.940 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 2,09%, a 3.726 pontos.
As ações asiáticas interromperam uma sequência de quatro dias de perdas e fecharam em alta, depois que o banco central chinês garantiu que oferecerá fundos para os bancos se necessário.
No entanto, contínuas preocupações com um aperto do crédito e crescimento menor de empréstimos continuavam provocando vendas em Xangai.
O índice japonês Nikkei encerrou em queda de 1,04%. As ações de Hong Kong subiram 2,43%, mas os mercados em Xangai caíram 0,41%.
O índice de Seul encerrou em leve alta de 0,16%, a Bolsa de Taiwan subiu 1,59%, enquanto Cingapura ganhou 0,47%. Sydney fechou com valorização de 1,63%.
(Com Reuters)
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