Dólar sobe a R$ 2,304 sem intervenção do BC; Bolsa fecha quase estável
O dólar comercial fechou com ganhos de 0,68%, a R$ 2,304 na venda nesta segunda-feira (5). Apesar da expectativa dos investidores, o Banco Central não atuou no mercado do câmbio para conter a valorização da moeda norte-americana.
É novamente o maior valor do dólar desde 31 de março de 2009, quando chegou a valer R$ 2,319, no auge da crise econômica. O atual patamar do dólar, perto de R$ 2,30, é considerado incômodo, porque pode pressionar a inflação.
O dólar em alta é bom para as empresas exportadoras, que potencializam os ganhos com a diferença de preços. Mas é ruim para as empresas que importam matérias-primas, porque encarece a produção. Também não favorece quem viaja ao exterior.
A Bovespa fechou praticamente estável, com leve queda de 0,08%, aos 48.436,44 pontos.
O pessimismo dos investidores do mercado de câmbio foi refletido no Boletim Focus desta semana, que mostrou que os analistas reduziram sua projeção para o crescimento da economia do país.
Ao mesmo tempo, uma recuperação mais sólida na economia dos Estados Unidos gerava temores de que o banco central de lá, o Fed, possa começar a reduzir os estímulos econômicos que têm sustentado negociações em vários mercados internacionais.
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Oi lidera ganhos; BR Malls é a que mais perde
As ações da Oi lideraram os ganhos da Bovespa nesta segunda: o papel ordinário (OIBR3), que dá direito a voto, saltou 5,04%, a R$ 4,79; a ação preferencial (OIBR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, ganhou 4,5%, a R$ 4,41.
A ação do Marfrig (MRFG3) subiu 2,75%, para R$ 7,10; a ação preferencial da Usiminas (USIM5) ganhou 2,66%, a R$ 8,88; e a Eletrobras (ELET6) subiu 2,31%, a R$ 8,41.
Na ponta oposta, a ação da BR Malls (BRML3) perdeu 3,62%, a R$ 19,68; a B2W (BTOW3), varejista online dona dos sites das Lojas Americanas e Submarino, perdeu 3,2%, a R$ 11,21. Em julho, a ação teve a maior valorização do Ibovespa, subindo mais de 60%.
O Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 2,63%, a R$ 22,21; a Gol (GOLL4) recuou 2,6%, a R$ 7,50; e a Fibria (FIBR3) fechou em queda de 2,11%, a R$ 25,10.
Entre as ações mais negociadas, a preferencial da Vale (VALE5) fechou em alta de 1,2%, a R$ 28,73; a preferencial da Petrobras (PETR4) caiu 0,95%, a R$ 16,65; e a ação da OGX (OGXP3), petrolífera de Eike Batista, ganhou 1,69%, a R$ 0,60.
Bolsas internacionais
As ações dos Estados Unidos fecharam em queda em uma sessão de poucos negócios. Na semana passada, o Dow Jones e o S&P 500 registraram recordes históricos.
O índice Dow Jones recuou 0,3%, para 15.612 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,15%, para 1.707 pontos. A Nasdaq fechou quase estável, com leve alta de 0,09%, para 3.692 pontos.
As ações europeias fecharam praticamente estáveis no recorde de dois meses. Resultados decepcionantes do banco HSBC reavivaram as preocupações com os lucros empresariais dos mercados emergentes.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em leve alta de 0,05%, a 1.225 pontos, depois de atingir por instantes um novo recorde em dois meses, de 1.231 pontos.
Os papéis do HSBC caíram 4,4% em um dia de muitos negócios, depois de o banco divulgar lucro abaixo do esperado para a primeira metade do ano e uma queda de 50% nos ganhos na América Latina.
Em Londres, o índice Financial Times caiu 0,43%, a 6.619 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,1%, para 8.398 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 0,11%, a 4.049 pontos.
As ações asiáticas tiveram um dia fraco, depois de dados que mostraram que os empregadores dos Estados Unidos desaceleraram o ritmo de contratações, na última sexta.
O índice japonês Nikkei caiu 1,44%; as ações na Coreia do Sul perderam 0,37%, Cingapura recuou 0,38% e Sydney perdeu 0,11%.
A Bolsa de Xangai avançou 1,04%, Hong Kong ganhou 0,14% e Taiwan subiu 0,48%.
(Com Reuters)
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