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Bovespa cai 2% e vai a menor nível em mais de 5 meses; Brookfield salta 19%

Do UOL, em São Paulo

23/01/2014 17h56Atualizada em 23/01/2014 18h00

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,99% nesta quinta-feira (23), aos 48.320,64 pontos. É a menor pontuação final diária desde 7 de agosto de 2013, quando a Bovespa fechou aos 47.446,71 pontos.

Apenas 8 das 72 ações do índice fecharam em alta. Ações de peso, como Vale, Petrobras e Banco do Brasil, fecharam em forte queda e ajudaram a puxar o indicador para baixo.

A ação preferencial da Petrobras (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, caiu 2,34%, a R$ 15,47. Já a ordinária (PETR3), que dá direito a voto, recuou 2,3%, a R$ 14,45. 

A preferencial da Vale (VALE5) perdeu 2,63%, a R$ 28,15, e a ordinária (VALE3) teve baixa de 2,77%, a R$ 30,93.

As ações dos bancos também pressionaram o Ibovespa. O papel do Banco do Brasil (BBAS3) teve queda de 4,23%, a R$ 21,51 e o do Bradesco (BBDC4) recuou 2,26%, a R$ 26,87. As ações do Itaú (ITUB4) fecharam com perdas de 1,98%, a R$ 29,65. 

Ações da Brookfield disparam 19%

As ações da incorporadora Brookfield (BISA3) dispararam 18,92% a R$ 1,32 e lideraram as altas da Bovespa nesta quinta-feira.

Segundo operadores consultados pela agência de notícias Reuters, havia rumores de que a incorporadora poderia sair da Bolsa, num momento em que se encontra altamente endividada.

De acordo os profissionais, que pediram para não ser identificados, a oferta pública de aquisição (para fechar capital) poderia ocorrer em um preço bastante acima do atualmente negociado na Bolsa. Assim, havia grande procura pela ação, o que elevou o seu preço.

Procurada, a Brookfield afirmou que não comenta rumores de mercado. 

Dólar sobe 1,27% e passa de R$ 2,40 pela 1ª vez em cinco meses

dólar comercial fechou em alta pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira, com valorização de 1,27%, a R$ 2,403 na venda. É o maior valor desde 22 de agosto de 2013, quando a moeda norte-americana fechou a R$ 2,432. Nessa data, o Banco Central anunciou o programa de intervenções diárias no câmbio.

Segundo a BM&FBovespa, o volume de negociações no dia ficou em torno de US$ 1,6 bilhão.

A alta do dólar foi influenciada, principalmente, pelo pessimismo gerado após a divulgação, no final da tarde, de um relatório sobre a economia brasileira, o chamado relatório Pimco

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Ações de destaque

A JBS (JBSS3), dona da Friboi e da Seara, liderou as quedas da Bovespa nesta quinta-feira, com desvalorização de 6,03%, a R$ 8,10.

Em seguida apareceu a companhia aérea (GOLL4), com perdas de 4,62%, a R$ 10,94. As ações da operadora de telefonia móvel TIM (TIMP3) tiveram baixa de 4,45%, a R$ 13,10.

Na ponta oposta, depois da alta da Brookfield, apareceu a construtora e incorporadora  Rossi (RSID3), com ganhos de 1,04%, a R$ 1,94.

A empresa de logística Prumo (LLXL3), ex-LLX de Eike Batista, avançou 1,01%, a R$ 1,00. O banco Santander (SANB11) veio em sequência, com valorização de 0,74%, a R$ 12,29.        

Bolsas internacionais

Na Europa, as Bolsas fecharam em queda nesta quinta-feira. Em Londres, o índice Financial Times perdeu 0,78%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,92%. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,02%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,72%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 0,37%. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,09%.

Na Ásia, as principais Bolsas em queda, após a divulgação de dados sobre a indústria da China, que vieram abaixo do esperado. A Bolsa de Hong Kong teve a pior queda, recuando 1,51%; o índice chinês de Xangai caiu 0,47%; Seul recuou 1,16%. As Bolsas de Cingapura e Sydney perderam 1,07% cada uma; Taiwan cedeu 0,35%. O Nikkei, do Japão, teve baixa de 0,79%.

O PMI preliminar industrial da China caiu para 49,6 em janeiro, depois de ter atingido 50,5 em dezembro. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade. No Japão, a situação era melhor. De acordo com uma pesquisa da agência de notícias Reuters, a confiança dos empresários subiu pelo terceiro mês seguido em janeiro. Foi o maior nível de confiança desde 2010. 

(Com Reuters)