Bovespa cai 0,91% e atinge menor nível em mais de 8 meses; Vale perde 2,7%

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,91% nesta quinta-feira (13), aos 45.443,83 pontos. É o menor nível desde 9 de julho do ano passado, quando o índice encerrou o dia a 45.075,5 pontos. 

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em leve alta de 0,1% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,362 na venda. 

No contexto nacional, investidores analisavam dados sobre o comércio. O resultado veio melhor que o esperado.

No cenário internacional, investidores ficaram divididos entre o otimismo com dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e o pessimismo com a crise na Ucrânia e o crescimento econômico da China.

Petrobras, Vale e elétricas puxam alta da Bovespa

A queda da Bovespa foi puxada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da Petrobras e da Vale, que estiveram entre as mais negociadas do índice. 

As ordinárias da Vale (VALE3), que dão direito a voto, tiveram desvalorização de 2,69%, a R$ 29,30; as preferenciais da mineradora (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos, perderam 2,12%, a R$ 25,90. 

As preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 1,58%, a R$ 13,11. As ordinárias da petroleira (PETR3) recuaram 1,35%, a R$ 12,41. 

Ações da empresa de medicina diagnóstica Dasa saltam 11%

Na contramão do índice, as ações da Dasa (DASA3), empresa prestadora de serviços de medicina diagnóstica, dispararam 11,07%, a R$ 16,75. Foi a maior alta do Ibovespa.

De acordo com informações publicadas na véspera, a Cromossomo Participações adquiriu um total de 48,35% do capital da Dasa com a conclusão da oferta pública de aquisição de ações (OPA).

Setor elétrico fecha em alta pelo 3º dia seguido

As ações do setor de energia elétrica foram destaque das altas nesta quinta-feira. Nas últimas duas sessões, elas também tiveram valorização.

A CPFL Energia (CPFE3), que teve a segunda maior alta da Bovespa, ganhou 4,45%, a R$ 17,60. Light (LIGT3) ficou com a terceira maior valorização, de 4,34%, a R$ 17,30. A Tractebel (TBLE3) ganhou 3,44%, a R$ 32,50, seguida pela Cemig (CMIG4), que teve valorização de 3,31%, a R$ 13,72.

A Eletropaulo (ELPL4) avançou 3,12%, a R$ 7,94. A Energias do Brasil (ENBR3) subiu 3,17%, a R$ 9,10.

As ordinárias da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.) (ELET3) ganharam 2,22%, a R$ 5,06. A Cesp (Companhia Energética de São Paulo) (CESP6) subiu 2,41%, a R$ 21,66. A ação da Copel (CPLE3) valorizou-se 1,4%, a R$ 18,85. 

Os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia devem anunciar, após o fechamento dos mercados, um plano para solucionar o problema de caixa das distribuidoras de energia que tem sido impactado pelos elevados gastos com a compra de energia de termelétricas. 

Ações de destaque da Bovespa

A construtora e incorporadora PDG Realty (PDGR3) liderou as quedas da Bovespa, com perdas de 3,57%, a R$ 1,35.

A fabricante de aviões Embraer (EMBR3) apareceu em seguida, com baixa de 3,31%, a R$ 19,60. A ação da operadora de telefonia móvel TIM (TIMP3) teve a terceira maior desvalorização, de 2,78%, a R$ 11,20.

Na ponta oposta, a Dasa liderou as altas da Bolsa, seguida pelas empresas do setor de energia elétrica CPFL, Light, Tractebel e Cemig, respectivamente.

Dólar comercial fecha em leve alta de 0,1%, cotado a R$ 2,362 

O dólar comercial fechou em leve alta de 0,1% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,362 na venda. 

O Banco Central realizou, nesta quinta-feira, mais uma etapa da rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º abril. Além disso, o BC manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro.  

Bolsas internacionais

As Bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, devido ao pessimismo sobre o crescimento econômico na China e as tensões na Ucrânia. A maior baixa foi da Bolsa de Portugal, na qual o índice PSI20 teve desvalorização de 2,16%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,86%.

Em Londres, o Financial Times fechou em baixa de 1,01%. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,29%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,91%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 1,19%.

Na Ásia, as principais Bolsas de Valores fecharam sem tendência. Investidores estavam otimistas com dados do Japão e da Austrália; no entanto, havia preocupação com a situação econômica da China.

O índice chinês de Xangai fechou em alta de 1,07%; Taiwan avançou 0,73%; Sydney subiu 0,53%; e a Bolsa da Coreia do Sul teve ganhos de 0,1%.

A Bolsa de Hong Kong, por outro lado, fechou em queda de 0,67%; o índice de Cingapura perdeu 0,52%; o Nikkei, do Japão, recuou 0,1%.

(Com Reuters e Valor)