Dólar tem 6ª alta e se mantém no maior nível desde março, a R$ 2,344
O dólar comercial fechou em alta pelo sexto dia seguido nesta segunda-feira (15), com avanço de 0,38%, a R$ 2,344 na venda. Com isso, o dólar se mantém no maior nível desde 19 de março, quando valia R$ 2,349.
Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou alta de 4,26%, maior ganho semanal em um ano.
Investidores estavam preocupados que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sinalize, em reunião que ocorre nesta semana, que vá começar a subir a taxa de juros antes que o esperado.
"Esta semana pode bem ser uma das semanas mais importantes do ano", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman em nota a clientes, citando o Fed.
A alta dos juros lá preocupa investidores brasileiros, pois poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidos em países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
Cenário nacional
No contexto brasileiro, o mercado estava atento à possibilidade de o Banco Central aumentar a atuação no mercado de câmbio. Investidores também continuavam de olho no cenário eleitoral.
"O dólar voltou a níveis em que, historicamente, o BC já deu sinais de desconforto, então o mercado fica cauteloso", afirmou um gerente de câmbio à agência de notícias Reuters.
O dólar acima de R$ 2,35 poderia gerar mais inflação, já que os produtos importados ficariam mais caros. Para evitar que isto aconteça, o BC poderia intensificar sua intervenção no mercado de câmbio, por meio de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares).
Na semana passada, o dólar passou de R$ 2,30 depois de pesquisas mostrarem que a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhou terreno e empatou tecnicamente com a ex-senadora Marina Silva (PSB) em um eventual segundo turno das eleições presidenciais. De acordo com a Reuters, investidores preferem a vitória de Marina devido às críticas sobre condução da política econômica do atual governo.
Intervenções no mercado de câmbio
Nesta sessão, o BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho.
Todos os 4.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no futuro) foram negociados. Foram vendidos 2.000 contratos com vencimento no dia 1º de setembro de 2015, e outros 2.000 contratos para 1º de junho do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,8 milhões.
Além disso, o BC realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap cambial tradicional que vencem em 1º de outubro. Foram vendidos 6.000 swaps: 500 contratos com vencimento em 3 de agosto de 2015, e 5.500 para 1º de outubro de 2015. A operação movimentou o equivalente a US$ 295,6 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 1,777 bilhão, ou cerca de 27% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.