Dólar sobe quase 1% e atinge maior valor em 7 meses, a R$ 2,394
O dólar comercial fechou em alta de 0,92% nesta segunda-feira (22), cotado a R$ 2,394 na venda. É o maior valor de fechamento em sete meses, desde 18 de fevereiro, quando a moeda encerrou a R$ 2,398.
Na semana passada, o dólar acumulou alta de 1,61%.
A moeda tem sido influenciada, dentre outro fatores, pelo quadro eleitoral. Nas últimas semanas, o dólar vem subindo diante de pesquisas eleitorais que mostram a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhando terreno nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais. De acordo com a agência de notícias Reuters, o mercado está descontente com o atual governo.
Apenas em setembro, o dólar acumula alta de 6,94%.
Também no cenário nacional, investidores esperam que o Banco Central aumente as ações no mercado de câmbio.
O dólar acima de R$ 2,35 poderia gerar mais inflação, já que os produtos importados ficariam mais caros. Para evitar que isto aconteça, o BC poderia intensificar sua intervenção no mercado de câmbio, por meio de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares).
China preocupa no cenário externo
Os investidores internacionais estavam preocupados, antecipando o resultado de uma pesquisa sobre o setor industrial da China que vai ser divulgada na terça-feira (23).
Espera-se que a indústria chinesa tenha retraído na primeira metade de setembro. Pelos critérios do PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês), um resultado abaixo de 50 pontos indicaria contração da atividade.
O ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, afirmou no fim de semana que o país não vai alterar dramaticamente sua política econômica por causa de um único indicador econômico, frustrando as expectativas do mercado por novos estímulos econômicos.
"Como temos uma perspectiva bastante incerta aqui no Brasil, por causa das eleições, qualquer susto no exterior gera um impacto importante aqui. O mercado fica mais volátil", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, à agência de notícias Reuters.
Intervenção no mercado de câmbio
Nesta sessão, o BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho.
Foram vendidos todos os 4.000 contratos de swap cambial com vencimento em 1º de junho de 2015.
Também foram oferecidos contratos com vencimento em 1º de setembro do ano que vem, mas nenhum foi vendido. A operação movimentou o equivalente a US$ 198,3 milhões.
Além disso, o BC deu continuidade à rolagem dos contratos com vencimento próximo, vendendo todos os 6.000 swaps cambiais oferecidos, que venceriam em 1º de outubro.
Foram vendidos 4.500 contratos para 3 de agosto de 2015, e 1.500 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 296,3 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,257 bilhões, ou cerca de 50% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.
(Com Reuters e Valor)
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