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Dólar sobe pelo 2º dia e volta a atingir maior valor desde 2005, a R$ 2,564

Do UOL, em São Paulo

12/11/2014 17h10Atualizada em 12/11/2014 17h10

dólar comercial fechou em alta de 0,25%, a R$ 2,564 na venda nesta quarta-feira (12). É o maior valor de fechamento desde abril de 2005 (marca que já tinha sido alcançada no dia 6 deste mês).

O número de negócios ficou abaixo da média. Os investidores continuam cautelosos, evitando fazer operações enquanto não há uma sinalização sobre o futuro da política econômica no país.

"O mercado está bastante sensível a qualquer sinalização sobre a política econômica dos próximos anos", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, à agência de notícias Reuters.

A atenção dos investidores está voltada principalmente à política fiscal e ao futuro substituto do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) já afirmou que só anunciará nomes de sua equipe econômica após a reunião do G20, que ocorre neste fim de semana.

"Está todo mundo torcendo para ver um sinal de mudança, mas cada dia que passa fica mais difícil apostar nisso", disse o gerente de câmbio da corretora TOV, Celso Siqueira, à Reuters.

 

Atuação do BC no mercado de câmbio

O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados.

Foram vendidos 1.500 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 2.500 com vencimento em 1º de setembro. Os negócios movimentaram o equivalente a US$ 197 milhões.

O BC também deu continuidade aos leilões de rolagem de contratos de dólar, vendendo todos os 9.000 swaps ofertados para estender o vencimento dos contratos que vencem em 1º de dezembro.

Foram vendidos 1.500 contratos para 3 de novembro de 2015, e 7.500 para 4 de janeiro de 2016, com volume correspondente a US$ 438 milhões.

Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,076 bilhões, ou cerca de 31% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 9,831 bilhões.

Rolagem de contratos e política

Se mantiver esse ritmo, o BC rolará cerca de 80% do total dos contratos que vencem em dezembro. Nos últimos meses, o BC vinha repondo todos os contratos prestes a vencer.

Segundo analistas, a rolagem menor reflete o fato de que o avanço do dólar tem sido gradual e pode se reverter parcialmente se Dilma escolher um ministro da Fazenda que agrade mais aos mercados.

"A alta do dólar tem sido lenta e constante. É diferente dos últimos meses, em que houve saltos", disse o operador de um banco nacional à agência de notícias Reuters. "Mas as coisas podem mudar se vier uma sinalização forte de melhora na política (econômica)".

(Com Reuters e Valor)

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