Dólar tem 5ª alta seguida e passa de R$ 2,73 pela 1ª vez em mais de 9 anos
O dólar comercial teve a quinta alta seguida nesta terça-feira (16), subindo 1,87% e fechando a R$ 2,736 na venda. É o maior valor de fechamento desde 25 de março de 2005, quando a moeda valia R$ 2,737 na venda.
Na véspera, o dólar havia subido 1,29%. Apenas nas últimas cinco sessões, a moeda acumula alta de 5,29%.
No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou quase estável, com leve queda de 0,02%, a 47.007,51 pontos. Com isso, a Bolsa se mantém no menor nível em nove meses, desde 19 de março, quando estava com 46.567,23 pontos.
O câmbio foi afetado pelo pessimismo vindo da Rússia, cuja moeda despencou em relação ao dólar em meio a um pânico devido à queda nos preços do petróleo, receio de recessão e ameaças de novas sanções do Ocidente contra a Rússia.
O Banco Central russo elevou na véspera a taxa de juros no país de 10,5% para 17% para tentar conter a queda do rublo.
Com o pessimismo global, os investidores procuraram investimentos considerados mais seguros, tirando dinheiro de países onde os riscos são maiores, como é o caso do Brasil.
Cenário brasileiro
A informação de que o Banco Central brasileiro continuará ofertando diariamente contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no ano que vem não foi suficiente para conter o pessimismo do mercado.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que o governo avalia se vai continuar com o volume atual de contratos de swap vendidos diariamente, US$ 200 milhões, ou se irá reduzir o valor.
"No mínimo US$ 50 milhões por dia. No máximo US$ 200 milhões por dia", afirmou.
A faixa mencionada por Tombini foi considerada ampla demais por operadores, sendo insuficiente para compensar o pessimismo internacional.
Os desdobramentos da operação Lava-Jato da Polícia Federal, que investiga suposto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, também mantinham investidores apreensivos em relação aos negócios brasileiros.
Atuação do BC no mercado de câmbio
O Banco Central manteve seu programa de intervenções no câmbio, com as novas regras anunciadas em junho. Foram vendidos 4.000 novos contratos de swap: 2.000 com vencimento em 1º de setembro de 2015 e os outros 2.000 para 1º de dezembro do ano que vem.
O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 2 de janeiro. Foram vendidos 10 mil swaps: 6.200 contratos com vencimento em 3 de novembro de 2015 e os outros 3.800 para 1º de fevereiro de 2016. A operação movimentou o equivalente a US$ 488,8 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 5,880 bilhões, ou cerca de 60% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 9,827 bilhões.
Além dessas duas operações, o BC fez um leilão de venda de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em 2 de junho de 2015.
(Com agência de notícias)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.