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Dólar sobe pelo 2º dia e fecha a R$ 2,957, após reunião do BC nos EUA

Do UOL, em São Paulo

29/04/2015 17h07Atualizada em 29/04/2015 17h41

O dólar comercial fechou em alta de 0,52% nesta quarta-feira (29), a R$ 2,957 na venda, no segundo aumento seguido da moeda norte-americana. 

Na véspera, o dólar havia subido 0,7%, a R$ 2,942.

A moeda operou em queda ao longo do dia, mas passou a subir após o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) divulgar comunicado sobre as taxas de juros no país. O banco destacou a desaceleração da economia norte-americana no primeiro trimestre, com PIB (Produto Interno Bruto) inferior ao esperado

No comunicado, o Fed não descarta começar a subir as taxas de juros em sua próxima reunião. Embora isso torne o aumento em junho possível, os dados econômicos fracos fazem com que analistas de mercado vejam setembro como o momento mais provável para a alta das taxas. 

O aumento dos juros lá é visto como negativo para o Brasil porque atrairia mais recursos para os EUA, tirando esses investimentos de mercados como o brasileiro.

Levy pressiona Câmara sobre ajuste fiscal

No cenário interno, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu, em audiência na Câmara dos Deputados, as medidas de ajuste fiscal, ou seja, aumento de impostos e fim do corte de tributos.

Levy tentou convencer os parlamentares a aprovar as medidas porque, segundo ele, o ajuste é indispensável para equilibrar as contas públicas. "O PIB não vai cair pelo ajuste fiscal. Precisamos concluir as reformas", disse. 

BC decide hoje sobre taxa de juros no Brasil

Investidores aguardam, nesta quarta, as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que define a taxa básica de juros, a Selic.

O mercado espera alta para 13,25%, o que representa 0,5 ponto percentual acima dos atuais 12,75%.

Quando as taxas de juros aqui estão altas, o país atrai investidores estrangeiros. As decisões tomadas na reunião só serão divulgadas após o fechamento do mercado.

Atuações do BC brasileiro

O BC fez mais um leilão para rolar os contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

Foram vendidos 10,6 mil contratos: 1.100 com vencimento em 1º de março de 2016, e os outros 9.500 para 3 de outubro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 510,8 milhões.
 
Até o momento, o BC rolou US$ 9,784  bilhões, ou o equivalente a cerca de 97% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.
 
Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde então.
 
(Com Reuters)