IPCA
0,83 Mai.2024
Topo

Dólar sobe 1,6% e fecha a R$ 3,498, após China desvalorizar sua moeda

Do UOL, em São Paulo

11/08/2015 17h09Atualizada em 11/08/2015 17h09

O dólar comercial fechou em alta de 1,6% nesta terça-feira (11), a R$ 3,498 na venda, após duas quedas. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,86%. 

    Contexto internacional

    A alta foi influenciada pela notícia de que a China promoveu forte desvalorização da sua moeda, o yuan.

    "A inesperada desvalorização na China está provocando ampla aversão ao risco nos mercados, com os agentes considerando as implicações para a demanda global por commodities, a inflação e o balanço de riscos ao crescimento", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

    A China desvalorizou sua moeda em quase 2%. Números fracos sobre a economia e a queda da Bolsa do país têm gerado preocupação com o crescimento chinês, e o yuan mais fraco pode servir de estímulo à atividade, incentivando exportações.

    A notícia não foi boa para os países que exportam para a China, pois seus produtos ficariam mais caros no país asiático, tornando a venda mais difícil.

    Cenário brasileiro

    No Brasil, uma maior alta do dólar foi limitada por um alívio no cenário político. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na véspera que a discussão sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é prioridade do Congresso Nacional e que priorizar este assunto é o mesmo que colocar fogo no país.

    Segundo operadores disseram a agência de notícias Reuters, o apoio de Renan ao governo pode atenuar os atritos entre o Executivo e o Legislativo.

    Atuações do BC

    O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos.

    Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

    Ao todo, o BC já rolou US$ 2,767 bilhões, ou cerca de 28% do total que vence no mês que vem.

    (Com Reuters)