Dólar sobe 1,6% e fecha a R$ 3,498, após China desvalorizar sua moeda
O dólar comercial fechou em alta de 1,6% nesta terça-feira (11), a R$ 3,498 na venda, após duas quedas. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,86%.
Contexto internacional
A alta foi influenciada pela notícia de que a China promoveu forte desvalorização da sua moeda, o yuan.
"A inesperada desvalorização na China está provocando ampla aversão ao risco nos mercados, com os agentes considerando as implicações para a demanda global por commodities, a inflação e o balanço de riscos ao crescimento", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.
A China desvalorizou sua moeda em quase 2%. Números fracos sobre a economia e a queda da Bolsa do país têm gerado preocupação com o crescimento chinês, e o yuan mais fraco pode servir de estímulo à atividade, incentivando exportações.
A notícia não foi boa para os países que exportam para a China, pois seus produtos ficariam mais caros no país asiático, tornando a venda mais difícil.
Cenário brasileiro
No Brasil, uma maior alta do dólar foi limitada por um alívio no cenário político. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na véspera que a discussão sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é prioridade do Congresso Nacional e que priorizar este assunto é o mesmo que colocar fogo no país.
Segundo operadores disseram a agência de notícias Reuters, o apoio de Renan ao governo pode atenuar os atritos entre o Executivo e o Legislativo.
Atuações do BC
O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Ao todo, o BC já rolou US$ 2,767 bilhões, ou cerca de 28% do total que vence no mês que vem.
(Com Reuters)
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