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Bolsa volta a subir após 13 desvalorizações; dólar vai a R$ 4,968

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão desta sexta-feira (18) em alta de 0,37%, aos 115.408,52 pontos, encerrando a maior sequência de desvalorização da história, em que foram registradas perdas por 13 pregões consecutivos.

O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,27%, cotado a R$ 4,968.

Cenário interno:

Como a agenda de indicadores no Brasil esteve vazia, as atenções do mercado seguiram voltadas para as negociações na Câmara em torno do projeto do novo arcabouço fiscal. A relativa demora da Casa em votar a proposta, em meio a negociações sobre a troca de ministros para incorporar membros do centrão ao governo, impactaram a curva de juros futuros nos últimos dias.

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, afirmou que será "difícil" manter integralmente o texto da tributária da Câmara. Na avaliação de Pacheco, a casa deve dar suas próprias contribuições e 'aprimoramentos' para a medida. "Mas o importante é que há ambiente no Senado sobre a necessidade da aprovação", disse.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, questionou argumento de que a adoção de moedas comuns seja uma boa alternativa para facilitar o comércio entre países, defendendo que a digitalização cumpre melhor esse papel.

Se você tiver um sistema digital de pagamentos onde você consiga digitalizar o pagamento de ponta a ponta e for eficiente, você vai ter isso sem abrir mão da sua política monetária, sem abrir mão das questões soberanas"
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

Cenário externo:

O mercado teme outra alta da taxa de juros dos Estados Unidos pelo Fed, banco central norte-americano, após comunicações recentes do órgão. Outra possibilidade é que o banco central mantenha os juros mais altos por mais tempo do que era esperado. Isso penaliza algumas moedas de emergentes e pesa sobre índices de ações globais, na Europa e nos EUA.

Apesar das promessas de suporte do governo chinês, os mercados seguiram cautelosos com a economia da China e, em especial, com o setor imobiliário do país, após uma semana de dados fracos. Segundo a Guide Investimentos, "das 38 construtoras listadas na China, 18 registraram perdas no primeiro semestre do ano e 11 já apontam para resultados negativo no ano".

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O candidato presidencial da Argentina Javier Milei se reuniu com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje. Sua vitória nas eleições primárias balançou o mercado argentino, fazendo despencar o peso e a bolsa do país. Um porta-voz do FMI disse que a discussão com Milei e sua equipe "foi uma oportunidade de trocar opiniões sobre as perspectivas econômicas atuais para a Argentina e saber mais sobre suas prioridades de política econômica".

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

(Com Reuters)

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