Receita dos pequenos negócios paulistas cai 3,9% em novembro, diz Sebrae-SP
O faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas apresentou queda de 3,9% em novembro de 2013, em relação a outubro, de acordo com pesquisa do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).
Em novembro, a receita total do universo das MPEs paulistas, já descontada a inflação, alcançou R$ 48,6 bilhões, enquanto que em outubro foi de R$ 50,5 bilhões, o que representa uma redução de R$ 1,9 bilhão.
Segundo o Sebrae-SP, essa queda no faturamento pode ser explicada pelo menor número de dias úteis em novembro ante outubro e também pelo fato de outubro contar com as vendas para o Dia das Crianças, que costuma beneficiar especialmente o comércio.
Já na comparação com novembro de 2012, houve aumento de 2,3%. No período, a arrecadação total das MPEs do Estado foi de R$ 47,5 bilhões, segundo a entidade.
Por setores, o melhor resultado registrado no faturamento em novembro, comparado ao mesmo mês de 2012, foi o de serviços, que cresceu 4,5%, seguido pelo comércio, com 3,5%. A indústria, no entando, recuou 6,2% no período.
Para 2014, analistas de mercado esperam uma melhora moderada da situação industrial, especificamente para o segmento de bens não duráveis como alimentos e confecções, que têm expressiva presença de MPEs.
“Embora o consumo no mercado interno deva se expandir em um ritmo menor em 2014, reflexo do nível mais modesto da atividade econômica e do menor crescimento do salário mínimo, a tendência é que haja evolução mais equilibrada dos três setores de atividade em relação a 2013”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Na análise por regiões no mesmo intervalo compreendido entre novembro de 2013 e o mesmo período de 2012, a alta no faturamento das MPEs na capital foi de 8,3%. A Região Metropolitana apresentou crescimento de 4,5%, o interior 0,3% e o Grande ABC teve recuo de 1,3% quanto ao índice de receita real.
De janeiro a novembro de 2013, o rendimento real dos empregados das MPEs teve elevação de 6,7% (já descontada a inflação) e o valor da folha de salários aumentou 3,5%. O pessoal ocupado apresentou queda de 0,8%.
Empresários esperam estabilidade em 2014
A maioria dos empresários (54%) acredita em estabilidade no faturamento para os próximos seis meses. Em dezembro de 2012, eram 52%. A parcela dos que esperam piora nos resultados de seus negócios é de 7%, ante 8% em dezembro de 2012.
“Houve aumento na proporção de empresários que esperam piora na economia. Em dezembro de 2012, a fatia de descontentes era de 7%. Em dezembro do ano passado esse número saltou para 12%, uma alteração expressiva”, afirma o consultor do Sebrae-SP e coordenador da pesquisa, Pedro João Gonçalves.
Essa piora relativa das expectativas dos donos de MPEs está em linha com as projeções dos analistas de mercado, que estimam um crescimento relativamente modesto para a economia brasileira.
A projeção “do mercado” é de que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 1,95% em 2014. De acordo com o consultor do Sebrae-SP, no âmbito internacional ainda há focos de incertezas e riscos que podem afetar a economia mundial, inclusive o Brasil.
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