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Pontualidade de pagamento dos pequenos negócios tem leve queda no semestre

Do UOL, em São Paulo

31/07/2014 10h40

A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,3% no primeiro semestre de 2014, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Isso significa que, durante o período de janeiro a junho, a cada mil pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias.

O resultado ficou ligeiramente abaixo da pontualidade de 95,4% verificada no primeiro semestre de 2013.

Segundo os economistas da Serasa, o baixo dinamismo da atividade econômica, a elevação do custo financeiro por conta dos juros mais altos e os aumentos salariais acima da produtividade dificultaram a concretização de pagamentos em dia por parte das micro e pequenas empresas, causando ligeira redução dos seus níveis de pontualidade neste primeiro semestre.

Na comparação mensal, no entanto, houve alta do indicador. Em junho, a pontualidade de pagamentos foi de 96%, alta de 0,9% em relação ao patamar de registrado na mês anterior (95,1%).

O comércio apresentou o maior nível de pontualidade de pagamentos neste primeiro semestre: 96%. No setor de serviços o índice foi de 94,4%, ao passo que na indústria o nível de pontualidade atingiu 94,3%.

Durante os primeiros seis meses de 2014, o valor médio dos pagamentos pontuais cresceu 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 1.982 contra R$ 1.737).

O maior valor médio foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas de serviços (R$ 2.078), seguido pelo comércio (R$ 2.001) e indústria (R$ 1.778).

Levantamento nacional

O levantamento é feito através dos pagamentos efetuados por amostra de cerca de 600 mil micro e pequenas empresas que fazem parte das bases de informações sobre pessoas jurídicas da Serasa Experian. 

O instituto, no entanto, não revela detalhes de sua metodologia de pesquisa, por considerar esse dado uma informação estratégica da empresa.

"Embora as bases de dados das empresas sejam nacionais, elas não podem ser consideradas representativas, porque não sabemos se são aplicados critérios estatísticos amplos", afirma Rodolfo Olivo, professor de finanças empresariais da Faculdade FIA, como ressalva em relação à abrangência das pesquisas.