Com crise, micro e pequenas empresas de SP faturam R$ 100 bi a menos no ano
As micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo faturaram R$ 597,2 bilhões em 2015, uma queda de R$ 100 bilhões (ou 14,3%, descontando o efeito da inflação) no acumulado do ano passado, na comparação com 2014. Os dados são da pesquisa Indicadores Sebrae-SP.
Essa queda no faturamento equivale à soma do PIB (Produto Interno Bruto) anual dos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba (dados do PIB referentes a 2013, do IBGE), aponta o Sebrae-SP.
Crise econômica chega ao pequeno negócio
De acordo com o levantamento, a desaceleração da economia e a queda no consumo das famílias contribuíram para o resultado ruim.
A piora no mercado de trabalho, a baixa confiança dos brasileiros e a retração nos investimentos também justificam, segundo o levantamento, a redução vista nas compras feitas pela população, das quais essas empresas têm forte dependência.
“A crise econômica chegou aos pequenos negócios. Este fator desencadeia outro bem amargo: o impacto no número de pessoal ocupado e rendimento real dos empregados nessas empresas. É o sinal amarelo para o ciclo vicioso da recessão”, afirmou o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf.
Serviços têm primeira queda desde 2009
Por setores, o faturamento da indústria em 2015 caiu 10,9%, o do comércio recuou 13,2% e o dos serviços ficou 16,9% menor.
Foi a primeira vez desde 2009, no auge da crise financeira mundial, que o setor de serviços terminou um ano com redução no faturamento.
Queda em todas as regiões de SP
O desempenho também foi fraco em todas as regiões do Estado.
Na comparação de 2015 com 2014, o município de São Paulo registrou uma redução de 18,7% no faturamento.
No Grande ABC, a queda foi de 16,2% e na Região Metropolitana de São Paulo, a perda ficou em 15,7%.
No interior, o recuo chegou a 12,9%.
Folha de salários e renda encolhem
No acumulado de janeiro a dezembro de 2015, houve aumento de 1,3% no total de pessoal ocupado nas MPEs em relação a 2014.
Por outro lado, a folha de salários paga por elas caiu 3,4% e o rendimento real dos empregados ficou 2,6% menor.
Pessimismo dos empreendedores
A pesquisa também mostra que, em janeiro, a maioria dos donos de MPEs do Estado, ou 52% do total, disse esperar estabilidade no faturamento de seus negócios para os próximos seis meses.
Em janeiro de 2015, 55% tinham essa percepção.
Houve aumento dos que não sabem como ficará a receita: de 5% em janeiro de 2015 para 10% em janeiro deste ano.
Quanto à economia do país, 41% falam em manutenção no nível de atividade nos próximos seis meses ante 46% de um ano antes. Outros 33% aguardam piora nesse aspecto, igual porcentagem registrada em janeiro de 2015.
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