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Ações da Petrobras estão instáveis: o que fazer se você investe na empresa

Petrobras: especialistas recomendam manter ações, mas sugerem outras petroleiras para ter na carteira - Aleksandr_Vorobev/Getty Images
Petrobras: especialistas recomendam manter ações, mas sugerem outras petroleiras para ter na carteira Imagem: Aleksandr_Vorobev/Getty Images

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/06/2022 12h25

Com o anúncio da renúncia do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, as ações da estatal iniciaram esta segunda-feira (20) suspensas das negociações do pregão da Bolsa de Valores. Só voltaram a ser negociadas mais de uma hora depois. Terceiro executivo a comandar a estatal no governo Jair Bolsonaro, Coelho ficou no cargo pouco mais de dois meses - foi o segundo menor período de gestão da empresa desde o fim da ditadura militar.

Com tudo isso, as ações tiveram um dia de instabilidade, mas acabaram fechando em alta. Com esse cenário incerto, o que fazer com as ações?

O que fazer com as ações da Petrobras?

A ordem é ter calma e ficar com as ações, dizem os especialistas. "Todas essas mudanças trouxeram uma forte baixa para as ações. Mas para quem tem o ativo em carteira de médio e longo prazo é o momento de ter calma e considerar os fundamentos da empresa, que segue gerando caixa, vendendo ativos e ajustando suas dívidas", diz Regis Chinchilla, analista da Terra Investimentos.

Já para quem não tem a ação na carteira de investimentos, a sugestão é ficar de fora, pelo menos até as eleições, em outubro. O conselho dos analistas é apostar nas empresas de petróleo privadas (PetroRio PRIO3 e 3R Petroleum RRRP3) por exemplo), que garantem ganhos semelhantes, com menor sobe e desce.

É o mesmo argumento de Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos. "A companhia já trabalha com defasagem em seus preços de derivados no país de forma mais efetiva desde a gestão Silva e Luna. Continuaremos a ver os preços de petróleo altos durante os próximos meses. E como a lei das estatais impede uma mudança em maior grau na gestão da empresa, por conta do viés político, espera-se maior sobe e desce do papel", diz ele.

"Mas para quem compra pensando no longo prazo, vemos oportunidade em Petrobras. Sobretudo com o nível de dividendos que a estatal deve distribuir esse ano", declara o analista.

A Petrobras paga hoje R$ 24,23 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), o equivalente a R$ 1,857745 por ação ordinária e preferencial, na primeira parcela de remuneração aos acionistas. A segunda parcela será em 20 de julho. Têm direito aos proventos os acionistas com ações até 23 de maio.

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