Fernández diz que acordo com FMI não sairá "às custas dos argentinos"
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, garantiu ontem que pretende chegar a um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), sobre os termos para cancelar o empréstimo de US$ 44 bilhões (R$ 247,6 bilhões) feito em 2018, mas que isso não representará sacrifício à população.
"Agora, todos estão ansiosos porque nós resolvemos. Eu também estou ansioso para entrar em acordo, mas o que não vou fazer é entrar em acordo às custas dos argentinos", disse o chefe de governo, durante um evento realizado na província de Buenos Aires.
Fernández voltou a criticar o antecessor na presidência, Mauricio Macri, pela política de dívida, já que se foi o responsável por solicitar o montante, cujo financiamento está sendo renegociado atualmente.
"Alguns escolhem o caminho fácil de se endividar e esquecer sua gente, e nós escolhemos o caminho de discutir e brigar com os credores, dando segurança e futuro para cada um dos argentinos", afirmou o atual chefe de governo.
Mais infraestrutura
Junto com outras autoridades, Fernández apresentou, na cidade de Adrogué, um projeto de 1.000 obras públicas que estão em execução em todo o país, que implicam em um investimento de 556,7 milhões de pesos (R$ 34,4 milhões).
"A Argentina precisa dessa infraestrutura para poder crescer. A Argentina ficou muito atrasada", garantiu Fernández.
"No ano que vem, deveríamos pagar ao FMI três vezes o que investimos nestas mil obras", completou o chefe de governo, em referência às renegociações com o Fundo.
Na semana passada, o FMI reconheceu que "vai levar tempo" para que seja alcançado um novo acordo com a Argentina. A organização ainda confirmou que o ministro da Economia do país, Martín Guzmán, estará em Washington neste mês, para uma nova rodada de conversas.
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