Após IBGE revisar cálculos, maioria dos resultados é mudada para cima
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou cálculos do PIB (Produto Interno Bruto) e, com isso, vários resultados passados foram alterados --a maioria para cima. A mudança só afetou os números que comparam um trimestre com o período imediatamente anterior.
No quarto trimestre de 2016, por exemplo, a queda passou de 0,9% para 0,5%. No terceiro, foi de -0,7% para -0,6%.
O instituto divulgou, nesta quinta-feira (1º) que a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, mas encolheu 0,4% na comparação com 2016.
De queda para alta
As mudanças foram feitas no cálculo do desempenho do setor de serviços e nas vendas do comércio. O peso de alguns subsetores mudou, e a base de comparação das pesquisas mensais passou de 2011 para 2014.
Em abril, quando foram divulgados os primeiros números de comércio e serviços sob o novo cálculo, referentes a fevereiro, o IBGE divulgou também dados revisados para janeiro.
Assim, o comércio passou de queda de 0,7% e relação a dezembro para alta de 5,5%. O setor de serviços passou de queda de 2,2% para alta de 0,2%.
Na época, quando questionado sobre uma possível influência do governo para melhorar dados, o então diretor do IBGE, Roberto Olinto, negou a interferência, e afirmou que a mudança foi técnica. Olinto será o novo presidente do IBGE, após a ida de Paulo Rabello de Castro para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Instituto nega alteração de metodologia
O IBGE divulgou afirmando que "não mudou a metodologia para calcular o PIB."
Diz a nota:
"Não foram feitas revisões de dados na série. O que mudou (como muda todo trimestre) foi o ajuste sazonal dos dados. As séries com ajuste sazonal das Contas Nacionais Trimestrais são integralmente revistas a cada trimestre. Isso porque todo trimestre tem um padrão sazonal que impede comparações diretas com o trimestre imediatamente anterior."
"Assim, para poder comparar trimestres consecutivos, o IBGE produz séries com ajuste sazonal, quer dizer, séries que descontam o padrão típico de cada trimestre e permitem comparar trimestres sucessivos e estimar o crescimento entre eles. Isso significa que toda vez que um dado é incluído na série comparável ao trimestre imediatamente anterior, toda a série já divulgada é revista para que a sazonalidade seja redistribuída."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.