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Aécio promete ampliar seguro agrícola para 60% da área plantada em 4 anos

Por Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro
Imagem: Por Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro

06/08/2014 13h09

Por Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, prometeu nesta quarta-feira que, se eleito, vai ampliar a cobertura do seguro agrícola para 60 por cento da área plantada no país e ampliar a capacidade de armazenagem em 50 milhões de toneladas nesse período.

"Apenas 9 por cento da área plantada no Brasil tem seguro rural... o Brasil é a única potência agrícola no mundo que não soube avançar nesse tema", disse o tucano em evento organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com os três principais candidatos à Presidência.

"Eu gosto de metas... Num período de 4 anos, (vamos) chegar a ter 60 por cento da área plantada no Brasil com cobertura do seguro rural", prometeu.

Segundo ele, o governo também falhou ao não incentivar a construção de estruturas de armazenagem suficientes para atender os aumentos de produção do campo brasileiro.

"O Brasil tem que estabelecer uma estratégia de ampliar armazenagem em mais de 50 milhões de toneladas por quatro anos", prometeu o tucano.

Aécio também afirmou que a atual política de reforma agrária está ultrapassada, porque não dá condições de vida a quem ganhou a terra. Ele se comprometeu ainda a levar segurança jurídica ao campo e impedir que terras invadidas sejam desapropriadas.

"No meu governo as fazendas invadidas não serão mais desapropriadas por período de dois anos", disse.

"Não podemos deixar que essa instabilidade gerada por assentamentos maus geridos leve instabilidade ao campo", acrescentou.

O tucano disse que está preocupado também com as demarcações indígenas no país e que cumprirá a Constituição nesse tema e espera aplicar a decisão de súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) adotada na demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.

"A Funai vai continuar ter papel (nas demarcações), mas não pode ser a única voz a definir essas questões", disse.

Ao ser questionado sobre Proposta de Emenda à Constituição que transfere ao Congresso a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas, o candidato considerou que a legislação atual é adequada.

O tucano também prometeu desonerar totalmente as exportações agrícolas caso eleito.

SUPERMINISTÉRIO O candidato tucano afirmou também que pretende dar mais poderes para o Ministério da Agricultura, que na sua avaliação está com papel secundário no atual governo e depende do ministério da Fazenda ou da presidência do Banco do Brasil para suas ações. "Eu disse que teria um superministério de agricultura, que tratará da pecuária, do agronegócio... da pesca", disse Aécio, indicando que pretende, se eleito, integrar a atual pasta da pesca no Ministério da Agricultura. "Posso discutir de outros setores irem para essa área (Agricultura)", afirmou. Segundo ele, esse superministério também passaria a determinar quais investimentos de infraestrutura podem ser feitos no país.

A infraestrutura, aliás, será um outro setor para o qual Aécio pretende criar um superministério. Segundo o candidato, será integrado por pessoas "qualificadas" para firmar marcos regulatórios "bem definidos" e resgatar a credibilidade junto a investidores nacionais e estrangeiros.

(Reportagem adicional de Nestor Rabello)