EUA revisam taxa de crescimento da economia no 3º trimestre para 3,9%
WASHINGTON - O Departamento do Comércio dos Estados Unidos elevou, nesta terça-feira (25) sua estimativa de PIB (Produto Interno Bruto) para ritmo anual de 3,9%, ante os 3,5% divulgados no mês passado, refletindo revisões para cima em gastos de consumidores e empresas.
O país teve, no terceiro trimestre, crescimento muito mais forte que se pensava inicialmente, indicando fortalecimento dos fundamentos, que devem sustentar a economia no restante do ano.
O crescimento no segundo trimestre foi de 4,6%.
Economistas consultados pela Reuters estimavam que o crescimento cairia para um ritmo de 3,3%.
Os estoques também foram revisados para cima, com o reabastecimento de estoques respondendo apenas por um leve impacto no crescimento do PIB. Isso também ajudou a compensar revisões para baixo no crescimento da exportação.
Os estoques, no entanto, podem pesar sobre o crescimento nos três últimos meses do ano. Os gastos com construções residenciais também foram revisados para cima.
Este foi o quarto dos últimos cinco trimestres que a economia registrou crescimento acima de um ritmo de 3,5%. Dados que vão desde indústria a empregos e até vendas no varejo sugerem que a economia reteve parte do ímpeto no começo do quarto trimestre.
Os Estados Unidos continuam sendo um ponto de destaque em uma economia global cada vez mais sombria, com o Japão de volta à recessão e o crescimento na zona do euro e na China desacelerando significativamente.
O relatório sobre o PIB dos EUA também mostrou que os lucros comparativos após impostos cresceram a um ritmo de 3,2% no terceiro trimestre, desacelerando em comparação ao forte ritmo de 8,6 do segundo trimestre.
O rápido ritmo de crescimento econômico pode elevar expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, comece a elevar suas taxas de juros de curto prazo em algum momento na metade de 2015. O Fed vem mantendo sua principal taxa de juros perto de zero desde dezembro de 2008.
Salientando os fundamentos cada vez mais firmes da economia, o crescimento na demanda doméstica foi revisado para cima a um ritmo de 3,2% no terceiro trimestre, em vez do informado anteriormente de 2,7%.
Os gastos de consumidores, item que responde por mais de dois terços da atividade econômica norte-americana, cresceram a um ritmo de 2,2%, ante 1,8% em números divulgados anteriormente.
A expansão dos investimentos de negócios foi elevado a um ritmo de 7,1%, ante ritmo anterior de 5,5%, com um ritmo mais forte de gastos em equipamentos do que se pensava sendo responsável pela maior parte da revisão.
O crescimento de exportações foi reduzido para 4,9% ante o ritmo que havia sido relatado, de 7,8%, enquanto as importações foram revisadas para cima. Isso deixou um déficit comercial que contribuiu 0,78 ponto percentual ao crescimento do PIB, em vez do 1,32 ponto percentual divulgado antes.
O gasto governamental também foi cortado, uma vez que despesas de governos estaduais e locais não foram tão fortes quanto relatados anteriormente.
(Por Lucia Mutikani)
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