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Eduardo Campos reduz tarifa de ônibus no dia de protestos no Recife

18/06/2013 13h09

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aproveitou o intervalo entre o caos vivido no metrô local, os protestos em todo o país e a manifestação marcada para a próxima quinta-feira na cidade para oficializar a redução nas tarifas de transporte público na Região Metropolitana do Recife.

Ao lado dos prefeitos de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e do Recife, Campos anunciou a redução de R$ 0,10 na tarifa de ônibus, resultado da desoneração da alíquota de 3,65% referente ao PIS/Cofins, definida pelo Ministério da Fazenda no mês passado.

Os novos preços passam a vigorar no próxima quinta-feira, justamente o dia escolhido para a versão recifense dos protestos contra as passagens, a qualidade do transporte público e os gastos com a Copa do Mundo.

Possível candidato à Presidência da República em 2014, Campos negou que o anúncio tenha o intuito de esvaziar a manifestação. "O objetivo não é esse. A pauta já vinha sendo discutida", garantiu o governador, para quem os protestos atestam a desconexão entre a sociedade e "uma boa parte" da classe política.

"Acho que trata-se de uma negação às lideranças políticas. Mas nem todas elas estão desconectadas desse ambiente. Temos que tirar um ensinamento desse movimento", disse Campos. Ele garantiu ainda que iria aos protestos, se fosse mais jovem e não estivesse na posição de governador de Estado.

"Não é por centavos nas pssagens. É uma pauta mais ampla. O importante é dar conta dessa pauta. O importante é entender que construímos uma democracia para dar saída a esses sonhos", disse Campos, que esquivou-se de comentar eventuais abalos das manifestações sobre a força política da presidente Dilma Rousseff.

O Recife esteve no centro das críticas durante a primeira rodada da Copa das Confederações, no último fim de semana. A mobilidade foi o principal motivo das queixas. Após o secretário estadual da Copa dar nota 8 para os transportes, Campos baixou o tom. Disse que os problemas serão solucionados, mas ressaltou que as responsabilidades devem ser compartilhadas, tanto com a Fifa e quanto com o governo federal.