Balança comercial acumula deficit de R$ 1,8 bi no ano; petróleo é o vilão
O petróleo foi mais uma vez o vilão apontado como o principal causador do resultado negativo na balança comercial brasileira. No acumulado de janeiro a outubro, a diferença entre exportações e importações do Brasil registrou resultado negativo de US$ 1,832 bilhão --o pior para o período desde 1998.
Apesar disso, o governo espera uma melhora nas exportações do petróleo em novembro e dezembro, e uma diminuição nas compras internacionais no mesmo período.
As importações de óleo cresceram 82% em outubro de 2013 ante o mesmo mês de 2012, chegando a US$ 4,2 bilhões.
Isso aconteceu, de acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Daniel Godinho, por causa da parada para manutenção na refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos (SP), de 19 de setembro até o final de outubro.
No acumulado do ano, o resultado negativo na conta petróleo é de US$ 18,903 bilhões. Assim, se não fosse o saldo nessa categoria de produtos, a balança comercial brasileira estaria positiva em US$ 17,071 bilhões.
"Sempre deixamos claro que o saldo na balança será um produto brasileiro da conta petróleo", disse, em entrevista coletiva, Godinho.
Mas o governo espera que esse desempenho se inverta no fim do ano. Um aumento na produção de petróleo levará a um crescimento nas exportações e, ao mesmo tempo, a entressafra de grãos diminuirá a demanda por óleo diesel.
Governo mantém expectativa positiva
O governo manteve a expectativa de um saldo positivo na balança comercial neste ano. A aposta é que as exportações de petróleo e derivados vão aumentar, as importações desses produtos devem cair, e o câmbio mais elevado deve ajudar a melhorar o resultado da balança comercial.
"Estamos mantendo a expectativa de saldo positivo na balança em 2013", afirmou Godinho.
Segundo ele, o câmbio mais favorável às exportações e menos favorável às importações já teve efeito no comércio internacional, principalmente sobre a compra de bens de consumo não duráveis.
O setor privado, de acordo com o secretário, relatou que percebeu efeitos positivos do câmbio nas exportações dos últimos meses. Um dos segmentos citados por Godinho foi automobilístico.
"O câmbio parece se estabilizar e isso gera maior previsibilidade" para o exportador, avaliou o sec retário do Mdic. "No lado das importações, o efeito do câmbio é muito mais rápido, e mais demorado nas exportações", concluiu.
Godinho destacou ainda que as vendas para o exterior de automóveis, carne bovina, celulose e soja são recordes no acumulado do ano.
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