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Prejuízo da PDG soma R$ 1,97 bilhão no quarto trimestre de 2015

29/03/2016 23h06

A PDG Realty teve prejuízo de R$ 1,969 bilhão no quarto trimestre de 2015, ante a perda de R$ 222 milhões em igual período anterior. O resultado e o patrimônio líquido foram afetados, negativamente, por R$ 1,4 bilhão em provisões e ajustes. Já nos ativos líquidos da companhia, o impacto foi de R$ 632 milhões e, no caixa, não houve efeito imediato.

No quarto trimestre, a receita líquida da PDG caiu 88,3%, para R$ 130 milhões. A margem bruta do período ficou negativa em 166,8%. A PDG informou também margem bruta ajustada negativa em 149,4%.

Provisões e ajustes

Do total de R$ 1,4 bilhão relativo a provisões e ajustes, R$ 320 milhões são provisões para devedores duvidosos e R$ 312 milhões se referem a baixas contábeis de terrenos e estoque.

A companhia contabilizou também R$ 633 milhões em ajustes contábeis nas propriedades para investimento da sua empresa de shopping centers REP e outros créditos a receber, sem impacto nos ativos líquidos e no caixa.

Trata-se de baixa de ágio de R$ 351 milhões, baixa em participações acionárias e créditos a receber de R$ 202 milhões, baixa contábil de R$ 33 milhões em créditos relativos a depósitos judiciais e impairment líquido nas propriedades para investimento da REP de R$ 47 milhões.

A PDG provisionou R$ 137 milhões para contingências judiciais prováveis, com possível impacto futuro de caixa.

No fim de dezembro, a companhia tinha R$ 3,6 bilhões em ativos líquidos.

Acumulado do ano

No acumulado de 2015, a PDG teve prejuízo de R$ 2,76 bilhões, ante a perda de R$ 529 milhões em 2014. A receita líquida anual caiu 57%, para R$ 1,824 bilhão, e a margem bruta ficou negativa em 2,3%.

A margem bruta foi impactada pelos descontos e pelos ajustes nas contas a receber.

As despesas gerais e administrativas da PDG caíram 29% em 2015, para R$ 258,7 milhões. No quarto trimestre, o indicador teve queda de 33%, para R$ 59,7 milhões.

O total de funcionários foi reduzido em 60% e, no quadro administrativo, o corte foi de 39%.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 671,5 milhões no ano, 38% acima da despesa financeira líquida de 2014.