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Aprenda a realimentar sua empresa para mantê-la viva e lucrativa

Marco Roza

Colunista do UOL

25/11/2015 06h00

Tem gente que ainda acredita que uma empresa, depois de ser criada pelo empreendedor, tem vida própria e que seu funcionamento dependerá, apenas, de gerenciamento das prospecções de novos clientes e dos acordos comerciais assumidos.

Quem pensa e age assim corre sérios riscos de levar seu empreendimento à falência. Porque toda e qualquer organização se alimenta, principalmente nos seus passos iniciais, das energias de seus donos, a ponto de não lhes permitir vida própria.

É por falhar na realimentação permanente da própria empresa (que nos suga a criatividade, as energias e até mesmo nossas economias pessoais) que muitas organizações “nadam, nadam e morrem na praia”, como define a sabedoria popular.

A seguir sugiro algumas reflexões para o empreendedor de primeira viagem monitorar se está “cuidando” e “realimentando” sua organização, todos os instantes do seu dia a dia operacional:

1. Pensar fora da rotina

O principal gestor da empresa ou dono deve reservar alguns momentos solitários para analisar, sem interferência de qualquer ordem, o real desempenho da empresa e se perguntar: a) o que deu certo e, nesse acerto, o que pode ser melhorado; b) o que deu errado e que indicou uma possibilidade de avanço, se for ajustado e evitado o erro cometido.

2. Aprender a dizer sim

É importante identificar os momentos exatos de se reafirmar o “sim” para os interesses estratégicos da empresa, mesmo que signifiquem dizer “não” a um cliente ou funcionário. A principal obrigação do dono ou do gestor de uma empresa iniciante é defender os “sim que interessam às estratégias comerciais da organização”, sem meias palavras, sem delongas, sem ficar no muro.

3. O controle emocional

Emocionar a equipe é essencial para otimizar procedimentos, motivar e agregar resultados além do esperado. Mas o mesmo gestor que emociona não pode se tornar refém das emoções ambientes. Deve, portanto, aprender a controlar o nível emocional da organização e ajudar, rapidamente, os que perderam o tesão de se manter na equipe a buscar outros ambientes que lhes ajudem a florescer o talento que, infelizmente, não acrescenta mais nada à sua empresa.

4. Foco absoluto

Ao empreendedor não restará outra vida a não ser o foco absoluto no próprio negócio, 24 horas por dia, sete dias por semana. Sem sábados, domingos e feriados. A cada contato, conversa e relacionamento com seus empregados, fornecedores e, especialmente, com seus clientes finais. É esse foco sem dó nem piedade que permitirá perceber, antes da concorrência, falhas nos seus procedimentos e, principalmente, oportunidades que, ao serem atendidas, o ajudarão a melhorar o desempenho da sua empresa, nem que seja até o dia seguinte.