Projeto de criação de pirarucu quer substituir pesca ilegal
O Projeto Pirarucu da Amazônia, pioneiro no uso de chip para identificação de reprodutores dessa espécie de peixe, teve início em 2007 em Rondônia. Sua proposta é profissionalizar a criação do pirarucu, que está ameaçado de extinção.
O objetivo do programa é aumentar o mercado para o pequeno produtor e a oferta do pirarucu de criação como alternativa ao proveniente da pesca ilegal, que diminui a população do peixe na natureza.
Atualmente, 200 pequenos produtores participam da iniciativa. A estimativa é que, juntos, tenham produzido 400 toneladas de pirarucu em 2013, número que deve aumentar para 1,5 mil toneladas em 2014.
O programa é mantido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Ministério da Pesca e Aquicultura e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
As instituições têm levado aos criadores práticas de gestão empresarial e técnicas de reprodução e engorda do peixe. O projeto se expandiu também para o Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima e Tocantins.
Como base para a iniciativa, o Sebrae reuniu o conhecimento gerado por criadores pioneiros, como a Piscicultura Boa Esperança, de Megumi Yokoyama, que começou a criar pirarucus no final da década de 80, em Rondônia.
De acordo com o órgão, grandes produtores se encarregam da reprodução dos exemplares até que atinjam entre 10 e 15 cm. Depois disso, são vendidos para pequenos produtores, que promovem sua engorda e revendem os peixes com cerca de 13 kg.
Cada um dos sete Estados que abrigam o projeto possui uma unidade voltada para a reprodução e duas voltada para a engorda dentro do projeto.
Um projeto do governo do Amazonas incentiva a produção do "bacalhau" de pirarucu, mas a carne vem da pesca controlada, e não de criações em cativeiro.
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