Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O que é pior para a economia: impeachment ou Bolsonaro continuar?
A CPI (Comissão Parlamentar de inquérito) da Covid esquentou os ânimos em Brasília e reacendeu um assunto: o impeachment. A depender da condução das investigações, os parlamentares podem dar mais subsídio para uma eventual saída de Jair Bolsonaro da Presidência.
Mas quais as consequências para a economia? No vídeo abaixo levantei alguns pontos sobre a permanência ou a saída de Bolsonaro.
Impeachment
Vale lembrar que tivemos outro impedimento há cinco anos. Dilma Rousseff saiu da Presidência em 2016.
Por isso, o primeiro ponto negativo que destaco é a imagem do país, que ficaria abalada internacionalmente com dois impeachments em um período tão curto.
Outro ponto de atenção é o risco de ruptura institucional. Apesar de se dizer liberal, Bolsonaro flerta com posições mais autoritárias e com um Estado mais forte.
Sob ameaça de saída, ninguém sabe até onde as palavras ao vento poderiam se tornar ação concreta.
Por fim, o risco político causa a perda de credibilidade internacional do país. Assim, agências de rating podem rebaixar a nota de risco do país.
Se assim for, devemos ver saída de capital estrangeiro do Brasil.
Cenário atual se mantém
A ingovernabilidade do país tem aumentado com o desgaste entre o presidente e o Congresso, além do setor privado.
O primeiro ponto negativo de tudo se manter é o desgaste político se tornar ainda maior e atrasar questões importantes para o país, como as reformas ou mesmo a vacinação.
Além disso, Paulo Guedes está na berlinda. O mercado já viveu sua lua de mel com o ministro e atualmente já não gosta tanto assim da condução da economia.
Ainda assim, a saída do ministro da Economia causaria instabilidade no curto prazo e sempre há o risco de vir um nome pior em termos de condução da dívida pública.
O terceiro ponto negativo é Bolsonaro, já de olho nas eleições de 2022, render-se a políticas populistas que impliquem maior gasto público.
O aumento da dívida pública e do risco fiscal, de novo, pode causar rebaixamento da nota de crédito do país pelas agências de rating.
Do ponto de vista econômico, o que você acha mais arriscado e prejudicial ao país? Deixe um comentário abaixo ou nas nossas redes sociais (YouTube e Instagram).
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