Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Com a Selic em alta, devo vender minhas ações e ir para a renda fixa?
Com a Selic em alta, a rentabilidade da renda fixa está aumentando. Ao passo que nos aproximamos do período eleitoral, tipicamente marcado por maior estresse no mercado financeiro, e diante das dificuldades vividas atualmente, ainda vale a pena investir em renda variável? Devemos voltar nossos olhos apenas à renda fixa?
Quando a Selic chegou ao seu menor nível histórico de 2% ao ano muita gente correu para ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários e até BDRs, explicando parte relevante da valorização desses ativos.
Muito embora a variação de preços desses investimentos não possa ser explicada apenas em função da taxa de juros, agora que a Selic chegou aos dois dígitos (10,75%), há uma notável preferência por novos aportes ou até realocação em renda fixa.
Mas será que essa é a postura mais prudente? Foi exatamente essa a conversa que tive no vídeo do topo deste artigo.
Onde investir com a alta da Selic?
Em síntese, eu dividiria essa reflexão em três grandes grupos. Vamos a eles?
Estou montando a reserva de emergência. Onde investir com a alta da Selic?
Se você se encaixa no investidor que está montando a sua reserva de emergência, avalio que deveria focar 100% dos seus esforços na renda fixa, cuja principal aplicação é o Tesouro Selic.
Ele conta com todas as características de segurança, liquidez e previsibilidade dos rendimentos adequados para esse fim e as taxas de retorno serão crescentes, mantendo-se próximas aos 12% ao longo de 2022 e 2023, segundo os principais economistas do mercado.
Tomei prejuízo na renda variável. Onde investir agora?
Para o investidor conservador, que já tem a reserva de emergência em dia e eventualmente percebeu que "passou sufoco" maior do que gostaria durante os últimos meses de maior volatilidade nos ativos de renda variável, talvez seja prudente que os próximos aportes sejam feitos diversificadamente em ativos de renda fixa.
Desse modo, ainda contará com boas rentabilidades e águas mais calmas, que podem ter faltado ultimamente.
Caso tenha feito escolhas conscientes nos últimos meses, não é preciso desmontar a carteira para total realização, então, mantenha a calma para não assumir prejuízos desnecessários.
Renda variável em queda. É hora de dobrar a aposta?
Se você se encaixa no perfil de investidor mais experiente e com "sangue frio" para observar a oscilação de preços dos investimentos subirem e descerem com mais frequência, talvez essa possa ser uma boa oportunidade de comprar ativos "com desconto".
A alta de juros, tanto no Brasil como em economias desenvolvidas, como é o caso dos Estados Unidos (que já sinalizaram o início do ciclo de elevações), foi parte da justificativa da queda de ações e outros ativos de renda variável por aqui.
Mas os juros não ficarão altos para sempre!
Dessa maneira, para o investidor paciente pode haver boas oportunidades de ações boas pagadoras de dividendos, que continuam apresentando bons resultados, estão pouco endividadas e com excelentes perspectivas, e que ainda poderão se valorizar quando levada em conta a movimentação contrária de maior busca de ativos de renda variável no momento em que a Selic voltar a cair.
De qualquer maneira, cada investidor deve levar em consideração seu perfil e momento, bem como fazer uma análise adequada de cada produto de investimento, tendo clareza de onde colocará seu dinheiro.
Aquele que faz isso não se assustará com oscilações do mercado nem assumirá prejuízos desnecessários ao "vender na baixa".
Certamente, este será um ano de maior volatilidade e o planejamento dos investimentos é fundamental para o dinheiro.
O que é renda fixa e renda variável?
Ainda restam dúvidas sobre as diferenças, vantagens e desvantagens dos investimentos de renda fixa e de renda variável? Vou deixar as definições resumidas a seguir e a explicação completa no vídeo logo abaixo.
Renda fixa - Título de dívida no qual você empresta dinheiro para outra parte (tipicamente para o Governo Federal ou para um banco privado), que se compromete em devolver sua grana numa data futura com a rentabilidade combinada. Na hora da aplicação já é possível calcular a rentabilidade esperada para o investimento.
Renda variável - Ao contrário da renda fixa, você não está emprestando seu dinheiro para ninguém. Na verdade, normalmente está se tornando sócio de alguma coisa. Ao investir em ações, torna-se sócio de uma empresa e ao investir em FIIs, os fundos imobiliários, torna-se proprietário de uma parte de um conjunto de imóveis.
É de graça! Faça parte da comunidade Econoweek nas nossas redes sociais (Instagram ou YouTube) para acompanhar mais dicas de inteligência financeira como essa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.