Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
4 investimentos para quem quer sair da poupança
Por que você ainda tem dinheiro na poupança: por preguiça, insegurança ou falta de conhecimento? Nenhuma das respostas é um bom motivo e explicamos o porquê no vídeo abaixo, assim como apresentamos quatro opções de investimentos para quem quer sair da caderneta.
Se você tem preguiça de procurar investimentos, na coluna vai descobrir que é fácil achar opções simples de investir. Se continua na poupança por insegurança, saiba que há opções até mais seguras que a caderneta. E se o problema é falta de conhecimento, minha dica é ir aos poucos e começar lendo o resumo abaixo.
Contas digitais
A primeira opção são as contas digitais. Nelas, você pode sacar dinheiro a qualquer dia e hora. Então, são uma boa alternativa.
Geralmente, essas contas digitais pegam o dinheiro que fica ali depositado e aplicam em um CDB. Em contrapartida, garantem uma rentabilidade que na maioria das vezes é de no mínimo 100% do CDI.
O CDI é uma taxa de juros que acompanha de perto a Selic, que é outra taxa.
Como na data publicação da coluna a taxa estava em 11,65% ao ano, isso significa que esta seria a rentabilidade de uma conta digital que pague 100% do CDI. Na poupança, o rendimento tem ficado em 7,31% ao ano.
Mas há uma diferença: ao contrário da poupança, nas contas digitais há cobrança de Imposto de Renda. Ainda assim, mesmo depois de você descontar o IR, a conta digital rende mais. Se pegar a maior taxa de IR, de 22,5%, a rentabilidade da conta digital ainda seria de 9,03% ao ano.
CDB
CDB é a sigla de Certificado de Depósito Bancário. Traduzindo, os CDBs são investimentos em que você empresta dinheiro ao banco e ele se compromete a devolver tudo acrescido de juros.
Há opções de investimento em que você vai ter que esperar um tempo para sacar o dinheiro, mas também aquelas nas quais o valor está disponível a todo momento.
Em uma busca no mercado, encontramos CDBs com liquidez diária que rendiam 110% do CDI, o que dá 12,81% ao ano. Depois do IR, a rentabilidade ficaria entre 9,9% e 10,9%, dependendo de quanto tempo você investir.
LCI
Outra opção são as LCIs, sigla de Letras de Crédito Imobiliário. É como se fosse um CDB, ou seja, você vai emprestar dinheiro ao banco. A diferença é que o banco só pode usar o valor para gerar créditos imobiliários a outras pessoas, como financiamento, crédito para reforma, entre outros.
Outra grande diferença é que não há Imposto de Renda. Não localizamos LCIs com liquidez diária, mas vale sempre confirmar isso na corretora.
Encontramos boas opções, como uma LCI que rendia 5,9% de juro fixo mais IPCA, que é um índice de inflação. Considerando que a inflação média nos últimos 10 anos ficou próxima de 6%, essa LCI pagaria em torno de 11,9% ao ano, sem Imposto de Renda.
Tesouro Selic
Falando do investimento queridinho do brasileiro, o Tesouro Direto reúne várias opções. Há alternativas prefixadas, outras pós-fixadas e ainda algumas que acompanham a inflação.
Vou focar no Tesouro Selic porque é a aplicação na qual você pode sacar o dinheiro antes da data final com praticamente nenhum risco de ver o valor menor. O Tesouro Selic 2027 vence em 2027 e rende mais: taxa Selic mais 0,1715%. Com a Selic de hoje, isso dá quase 12%.
A Selic muda a cada 45 dias, então sempre vale verificar em quanto ela está quando você for aplicar.
No Tesouro Direto há Imposto de Renda, mas mesmo depois de descontá-lo o investimento rende mais que a poupança: cerca de 10% ao ano, se você for o investidor paciente que aplica por pelo menos dois anos.
Qual escolher?
Dentro da renda fixa há muitas opções e realmente ficamos perdidos. Por isso fizemos um outro vídeo no qual explicamos a conta que você pode fazer para comparar uma aplicação prefixada com uma pós-fixada.
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