Graciliano Rocha

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Reportagem

Pacote de estímulos na China, maior que esperado, faz ação da Vale disparar

A cavalaria chegou para dissipar os temores de desaceleração da economia chinesa. E com maior poder de fogo do que o esperado pela maior parte dos analistas internacionais.

Houve cortes nas principais taxas de juros, incluindo as de hipoteca e crédito imobiliário. Os bancos chineses também podem emprestar mais, pois foi reduzido o compulsório, aquela quantidade mínima de dinheiro que precisam manter em reserva. Além disso, o Banco Central chinês indicou que novos cortes podem estar a caminho. O ineditismo está no anúncio de tudo isso ter sido feito numa tacada só.

No geral, é um grande afrouxamento da política monetária chinesa. A Bloomberg chamou o pacote de "bazuca monetária" por causa de seu alcance semelhante à reação das autoridades chinesas à crise de 2008.

O efeito no Brasil, ao menos no curto prazo, é otimismo no mercado de ações no pregão desta terça. A alta mais importante é a da Vale, que sozinha equivale a 11,4% do peso global do Ibov, o índice de referência da B3.

A ação da Vale (+4.83%) voltou a subir para patamar superior aos R$ 60. A empresa brasileira é uma das mais expostas ao mercado chinês, principal destino das exportações brasileiras de ferro. Também em alta nesta terça graças à China: CSN (+9,39%), CSN Mineração (+5,53%), Usiminas (+5%).

Antes do anúncio, alguns bancos internacionais, como o americano JP Morgan, vinham revisando as expectativas da Vale para baixo justamente por causa da possibilidade de recessão na China e paralisia no mercado imobiliário local.

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