Bolsa sobe 2,62% com Petrobras e Vale, e atinge maior nível desde novembro

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 2,62% nesta sexta-feira (2), aos 52.980,31 pontos. É a maior alta percentual diária em um mês. Com isso, a Bolsa atingiu a maior pontuação final diária desde 19 de novembro (53.032,91 pontos).

Com a alta de hoje, a Bolsa fecha a semana com valorização acumulada de 3,08%. No ano, tem ganhos de 2,86%.

A alta da Bolsa nesta sexta-feira foi puxada, principalmente, pelo bom desempenho das ações da Petrobras e da Vale. Dos 72 papéis do Ibovespa, apenas seis caíram. 

Os negócios do dia movimentaram R$ 10 bilhões, em meio ao ajuste dos fundos à nova carteira do índice, que entra em vigor na segunda-feira.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,48%, cotado a R$ 2,219 na venda. Com isso, na semana a moeda acumulou baixa de 1,05%. 

Ação da Petrobras salta mais de 6%; Vale sobe 

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), que dão direito a voto, subiram 3,77%, a R$ 16,22. Já as preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, saltaram 6,22%, a R$ 17,60.

As ordinárias da Vale (VALE3) tiveram ganhos de 2,72%, a R$ 30,20. As preferenciais (VALE5) avançaram 3,52%, a R$ 27,35.

A alta das ações da Petrobras aconteceu devido à expectativa por nova pesquisa eleitoral a ser divulgada neste sábado, segundo analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters.

"Há boatos de que essa pesquisa vai mostrar uma pontuação bem forte para o Aécio Neves", disse o operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management, referindo-se ao candidato da oposição que mais se aproxima nas pesquisas da presidente Dilma Rousseff, criticada pelo mercado pela intervenção considerada excessiva nas estatais.

Dados de emprego nos EUA animam

Dados do mercado de trabalho norte-americano também foram bem recebidos por investidores.

A criação de vagas de emprego nos EUA aumentou em abril no ritmo mais rápido em mais de dois anos, sugerindo recuperação da atividade econômica no segundo trimestre. 

Ações de destaque na Bolsa

Entre as maiores altas, destaque para a preferencial da Oi (OIBR4), com salto de 11,21%, a R$ 2,38, seguida pela Prumo (PRML3), antiga LLX de Eike Batista, que saltou 10,17%, a R$ 1,3. Em seguida, veio a Marfrig (MRFG3), com alta de 9,37%, a R$ 4,55.

A empresa de bebidas Ambev (ABEV3) liderou a lista de baixas, após a Receita Federal informar que o preço de bebidas frias vai subir até 2,25% em média por conta de reajuste na tabela de tributação do setor. A ação caiu 1,78%, a R$ 16,01.

Em seguida, veio a ação da Cielo (CIEL3), com queda de 1,14%, a R$ 39,05. A terceira maior queda do dia foi do Santander (SANB11), que perdeu 0,74%, a R$ 14,79.

As outras baixas do Ibovespa no dia foram da Eletrobras (ELET6), que caiu 0,46%, a R$ 10,87; da Embraer (EMBR3), que tombou 0,41%, a R$ 19,2; e da Ultrapar (UGPA3), com queda de 0,13%, a R$ 55,91.

Bolsas internacionais

Na Europa, as ações recuaram uma vez que os investidores, cientes de que os confrontos sobre a Ucrânia podem piorar no fim de semana, embolsaram os lucros acumulados graças à onda de fusões e aquisições. Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,2%, a 6.822 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,49%, para 9.556 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 registrou queda de 0,65%, a 4.458 pontos.

Na Ásia, os mercados chineses estavam fechados nesta sexta-feira. O índice japonês Nikkei caiu 0,2% em meio a uma realização de lucros antes de uma sequência de feriados. Os mercados de Tóquio estarão fechados na segunda e na terça-feiras por feriados públicos.

(Com Reuters) 

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